BA11 - Agriterra

37 EVENTO do evento, com especial menção à Escuela Politécnica Superior de Huesca (Universidade de Saragoça) e ao Centro de Investigación y Tecnología Agroalimentaria de Aragón (CITA), co-organizadores do Fórum, “pelo seu trabalho em prol da inovação e ao serviço do cultivo da amêndoa”. O evento foi inaugurado por Patricia Pujadas, diretora da revista Olint, uma publicação especializada editada pela Agromillora com 20 anos de história, que referiu que a chave do sucesso da empresa reside na internacionalização e “na procura constante de soluções para uma agricultura rentável e sustentável”. A Agromillora é a força motriz por detrás do sistema de produção SES (Sustainable and Efficient Solutions), que é aplicado ao cultivo de amendoeiras de alta densidade. Lucía Soriano, diretora administrativa do CITA, elogiou o trabalho do centro no desenvolvimento das variedades de amendoeiras como “umdos pilares em que se baseia a expansão desta cultura, não só em Espanha, mas noutras partes do mundo”. Graças ao trabalho dos seus investigadores, o setor tem agora variedades, como a Guara ou o novo porta-enxerto Pilowred, o que permite uma melhor adaptação aos critérios de sustentabilidade que caracterizam o cultivo super-intensivo da amêndoa. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS AO CULTIVO DA AMÊNDOA A jornalista Chema Paraled moderou a primeira mesa redonda dedicada ao cultivo de amendoeiras em Espanha e na forma como os mercados internacionais podem influenciar a sua produção e comercialização. Ferran Huguet, diretor-geral da UNIÓ Nuts, analisou as tendências na produção e consumo de amêndoas nos últimos anos a nível mundial. Salientou que o consumo mundial tem vindo a aumentar desde 2016 e que, tanto a Austrália, como a Califórnia têm aumentado exponencialmente a sua produção. Ferran Huguet enviou umamensagem de prosperidade ao setor, concentrando-se nos produtos feitos a partir de leite de amêndoa. “O futuro das amêndoas tem um papel muito importante a desempenhar na produção de alimentos que estão emplena expansão. Não terão uma pegada de carbono tão grande como os produtos lácteos normais”. No que diz respeito às previsões de produção de amêndoas em Espanha e Portugal, Huguet colocou a cultura ibérica em 270 mil toneladas em 2033, em comparação com as 140 mil previstas para a próxima estação 23/24. Antonio Pont, CEO da Crisol Frutos Secos e presidente da AEOFRUSE, destacou o papel fundamental das amêndoas orgânicas na competição comoutros países. “Temos de acreditar que esta é uma oportunidade, somos os maiores produtores do mundo”. Pont referiu-se à necessidade de criar valor no mercado, “ justificando as qualidades e sustentabilidade da cultura. Sabemos como produzir, mas o desafio é que a indústria dê mais valor às nossas amêndoas através do processamento”, concluiu. Para encerrar a primeira mesa redonda, Ramón Iglesias, diretor do Serviço de Inovação e Transferência do Departamento de Agricultura, Pecuária e Ambiente do Governo de Aragão, assegurou que a administração pública está empenhada na transferência transversal de conhecimentos através da formação, da rede de experimentação agrícola, de grupos de cooperação e do trabalho de centros tecnológicos de referência, como o CITA. Salientou também a importância de prestar aconselhamento técnico aos jovens agricultores que estão a começar na agricultura e alertou para a necessidade de afinar os custos e a rentabilidade “ou as explorações agrícolas irão fechar”. INTENSIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL, PEGADA DE CARBONO E DIGITALIZAÇÃO DO SETOR A segunda mesa redonda abordou o papel das novas tecnologias na agricultura e como podem ser utilizadas para aumentar a rentabilidade e eficiência no cultivo da amêndoa. Ignasi Iglesias, diretor técnico do Grupo Agromillora, refletiu sobre a ideia de produzir mais com menos e advertiu que “há um aumento no custo da mão-de-obra devido à falta de oferta”. Patricia Pujadas, diretora da revista Olint.

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