5 EDITORIAL Está tudo a postos para mais uma edição da Feira Nacional de Agricultura /Feira do Ribatejo, que decorre de 3 a 11 de junho no Centro Nacional de Exposições, em Santarém. O tema deste ano salta à vista: um ovo? Sim, um ovo como símbolo dos superalimentos, que estão cada vez mais na ordem do dia. Nesta edição estivemos à conversa com Luís Mira, administrador do CNEMA, e que nos revela o que a organização preparou para este ano e quais as principais questões agrícolas que vão estar em debate na FNA 2023 – e que estão relacionadas com a seca que assola o país, bem como a aplicação da nova PAC e a execução dos fundos comunitários. Outro dos destaques vai para o tomate de indústria. Num contexto desafiante, onde a gestão dos recursos hídricos irá desempenhar um papel prioritário, o setor do tomate de indústria está a transformar-se e a modernizar-se, com o foco nas tendências saudáveis e na redução do uso de fitofarmacêuticos. Nesta edição partilhamos as tendências que o setor antecipa para esta área, bem como as regras de ouro para proteger as culturas. E por falar em proteção, revelamos a investigação que está a ser desenvolvida na Universidade do Minho sobre biopesticidas derivados de plantas e as novas soluções tecnológicas de nanoencapsulamento que estão a ser desenvolvidas e podem libertar o agente ativo, por exemplo, apenas no verão. Ainda uma nota para o facto de a Europa ter deixado de ser autossuficiente para passar a ser o principal importador mundial de milho. Portugal está na mesma situação de fragilidade e falámos com várias associações que partilham a sua visão sobre como ultrapassar os desafios que vamos ter pela frente, de forma a atenuar os potenciais riscos associados. Boas leituras. FNA 2023 e a tão aguardada retoma aos anos pré-pandemia Projeto URSA: Publicadas regras gerais para compostagem de resíduos agrícolas, pecuários e agroindustriais A publicação das regras gerais para a compostagem, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vem clarificar e incentivar a valorização por compostagem de resíduos agrícolas, pecuários e/ou agroindustriais. A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) tem apostado na promoção de uma economia circular através do projeto URSA (Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva), realizando, de forma comunitária, a transformação de subprodutos orgânicos de origem agrícola, pecuária e agroindustrial em fertilizante orgânico para aplicação no solo das áreas de regadio, com base numa constelação de unidades onde os materiais são permutados por composto, materializando a transição para a economia circular, através de uma agricultura moderna, sustentável e produtiva. A publicação das Regras Gerais de Compostagem Agrícola, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vem clarificar e incentivar a valorização por compostagem de resíduos agrícolas, pecuários e/ou agroindustriais. Pretende-se dar aos agricultores as ferramentas necessárias para optarem por um caminho circular de valorização orgânica, fundamental para a sustentabilidade da agricultura e do território rural, transformando os seus próprios subprodutos orgânicos, assumindo esta responsabilidade, mas, em simultâneo, usufruindo das vantagens de produzir parte dos seus fertilizantes, uma decisão fundamental na independência e sustentabilidade financeira do setor agrícola.
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