AGRICULTURA DE PRECISÃO 40 utilização dos fatores de produção, como sementes e fertilizantes. Em conclusão, a maioria dos agricultores com os quais trabalhámos possui a maquinaria necessária para realizar a agricultura de precisão (tratores com GPS, maquinaria de aplicação variável, ceifeiras-debulhadoras com dispositivo de monitorização do rendimento), mas não a utiliza devido à falta de conhecimentos e aconselhamento especializados. O nosso trabalho consiste, em parte, em acompanhá-los e ministrar-lhes formação, de modo a aprenderem a operar essa maquinaria, permitindo-lhes amortizar o seu investimento e praticar uma agricultura mais sustentável. Além disso, os agricultores manifestaram-nos a sua satisfação com a presença de uma indústria de biocombustíveis na área, que não só cria postos de trabalho, mas também investe em infraestruturas, como a melhoria das estradas, contribuindo para o bem-estar da comunidade agrícola. Esta indústria também assegura a compra de grande parte do milho que produzem, proporcionando-lhes uma estabilidade económica significativa. Figura 6. Emissões de CO2 calculadas para cada operação. VAMOS À CAMPANHA 2024/2025! O projeto continuará durante mais um ano, com o objetivo de consolidar os resultados obtidos através da recolha de dados de um maior número de terrenos. Nesta nova fase, duplicámos a superfície de estudo e aumentámos a diversidade de agricultores participantes, o que acrescenta uma maior robustez à análise. Além de trabalhar com agricultores que praticam a agricultura de precisão, também integrámos aqueles que não o fazem. Isto permitir-nos-á comparar as diferenças e avaliar a eficácia de ambas as metodologias em termos de emissões de carbono, proporcionando uma visão mais completa e precisa de seu impacto na sustentabilidade agrícola. n AGRADECIMENTOS Gostaríamos de manifestar os nossos sinceros agradecimentos à Vertex Bioenergy pelo financiamento do projeto iMASO. Graças à sua contribuição, podemos promover soluções que beneficiarão toda a comunidade agrícola. REFERÊNCIAS • D. P. van Vuuren et al., Alternative pathways to the 1.5°C target reduce the need for negative emission technologies. Nat. Clim. Change 8, 391–397 (2018). • Echendu, A. J., Hampo, C. C., Olatunde, D., Obasih, J. I., Oni, O., Ojo, D., … Oladipo, S. (2023). Biofuels as a Key Renewable Energy Source: a Review of Life Cycle Assessment Studies in South Africa. Biofuels, 15(5), 605–613. https://doi.org/10.1080/17597269.2023.2264037. • Eurostat 2023. Agência Europeia do Ambiente. • Territorial Facts and Trends in the EU Rural Areas within 20152030. JRC REPORTS (Joint Research Centre – European Commission). Perpiña Castillo C., Kavalov B., Ribeiro Barranco R., Diogo V., Jacobs-Crisioni C., Batista e Silva F., Baranzelli C., Lavalle C.
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