BA17 - Agriterra

50 CULTIVO: ABACATE em várias fases. Esta combinação de processos resulta no extrato de algas Ascophyllum nodosum “mais concentrado do mercado, com baixa viscosidade e excelente solubilidade, mantendo simultaneamente a funcionalidade-chave dos bioativos para a preparação das plantas”. EVOLUÇÃO VARIETAL E AVANÇOS EM SAÚDE A intervenção seguinte foi de Iñaki Hormaza, investigador da estação experimental do IHSM La Mayora, um centro do CSIC e da Universidade de Málaga. O teor da sua apresentação foi a melhoria das variedades de abacate, num mercado dominado praticamente por um único cultivo Haas. Perante o cenário atual, Iñaki Hormaza disse que é oportuno “preparar-se para as possíveis mudanças nas preferências do mercado, como aconteceu um dia em que a variedade Fuerte era a mais comercializada e cultivada na Califórnia”. O investigador de La Mayora identificou os desafios futuros na seleção de padrões de abacate que, pela sua experiência, passam pela adaptação a novas áreas de cultivo e novas variedades, como Maluma ou Carmen; tolerância a solos calcários, salinidade, seca e doenças; e porta-enxertos ananicantes ou com pouco vigor. Iñaki Hormaza acrescentou que “se todos os novos porta-enxertos são clonais, a possibilidade de selecionar árvores de escape no campo perde-se e grande parte das seleções com tolerância aos fungos do solo são árvores de escape”. A participação da Universidade de Málaga e do CSIC na jornada foi concluída com a intervenção de Eva María Arrebola, especialista em fitossanidade do abacate, com vasta experiência no controlo de fungos aéreos. A investigadora transferiu os últimos avanços obtidos nesta área de trabalho, apresentando os resultados dos ensaios no campo e na estufa realizados para determinar o manuseamento a seguir perante a doença da morte regressiva dos ramos do abacateiro. Os ensaios ainda não estão concluídos. Previamente, no que diz respeito ao isolamento e identificação do agente responsável pela morte regressiva do abacateiro, Eva María Arrebola afirmou que “os sintomas compatíveis com a morte regressiva que estão a aparecer nas plantações de abacateiros na área de Málaga-Granada são causados por fungos da família Botryosphaeriaceae”. Verificou-se que as principais espécies responsáveis por esta doença nesta região são Neofusicoccum parvum, Neofuscoccum luteum e Lasiodiplodia theobromae. No domínio da eficiência na aplicação de fatores de produção tão importantes para o abacate como a água e os nutrientes, a organização preparou um colóquio interessante moderado por José Francisco Santamaría, técnico da TROPS, e no qual participaram Joan Torrents, consultor especializado em rega e fertilização da ModpoW e Javier Barrios, diretor de produto da gama de controlo biológico da Daymsa. Em relação à proteção de culturas subtropicais contra os efeitos da geada e de alterações bruscas da temperatura, o diretor da empresa Control de Heladas partilhou com o público a sua vasta experiência neste domínio. O Control de Heladas é um sistema que controla as geadas das culturas por baixa aplicação de água constantemente, ao revestir a planta com uma fina camada de gelo e mantendo o gelo húmido (a temperatura do gelo húmido é de 0 °C). LOGÍSTICA E COMERCIALIZAÇÃO DE ABACATE Uma das novidades da programação deste ano foi a inclusão de um bloco dedicado exclusivamente à logística, à rastreabilidade e ao comércio internacional de abacate. Após um intervalo para o networking proporcionado pela empresa Algetransit, a jornada foi retomada com uma mesa- -redonda sobre 'Controlos oficiais na fronteira: importações, exportações, reexportações', moderada por Javier López, responsável pelo departamento comercial da Autoridade Portuária da Baía de Algeciras. Leyre González, coordenadora regional de fitossanidade, participou neste colóquio e, com base na sua experiência, afirmou que “o risco fitossanitário do abacate Iñaki Hormaza, investigador da Estação Experimental do IHSM La Mayora.

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx