BA18 - Agriterra

76 PNEUS na mistura, preparação e controlo de qualidade, é combinada com a parte automatizada, introduzida na construção e vulcanização dos pneus. No entanto, basta olhar para a moderna fábrica CST (Commercial Specialty Tires) para maquinaria agrícola, operações portuárias e manuseamento de materiais para ver uma maior pegada e um maior grau de robotização. O ambicioso programa de investimento em Lousado levou à criação de um centro de testes para pneus todo-o- -terreno, incluindo pneus agrícolas. As instalações, amplas, modernas e bem equipadas, permitem que os produtos sejam submetidos a testes rigorosos, sem interrupção, durante o tempo necessário. INVESTIMENTOS EM I&D A Continental realizou um estudo denominado “Agricultura em transição”, no qual conseguiu descobrir os principais desafios que os produtores enfrentam nos próximos anos, a fim de poderem adaptar as suas ofertas de produtos a estas exigências. 72% dos inquiridos sublinharam a pressão sobre os preços, 69% referiram-se aos solos pobres e 68% à qualidade e disponibilidade do equipamento mecânico. Os requisitos para os pneus diferem consoante o tipo de trabalho a efetuar. Nos transportes, por exemplo, é exigida uma menor resistência ao rolamento, precisão de direção, estabilidade, segurança de travagem e capacidade de flexão mesmo em condições de chuva. No campo, por outro lado, a procura é de pneus que sejam resistentes a condições exigentes do solo e a volumes de carga variáveis, transmissão eficiente de potência e proteção ótima do solo graças a uma menor compactação. A Continental admite que os investimentos em tecnologia sustentável requerem custos iniciais elevados, mas são viáveis a longo prazo, porque os produtos de alta qualidade, como os seus pneus agrícolas premium, oferecem poupanças a longo prazo através da durabilidade, manutenção reduzida e capacidade de melhorar a eficiência operacional. Algumas das suas tecnologias inovadoras aplicadas ao setor agrícola são: • Tecnologia N.flex. Invólucro de nylon flexível que proporciona uma maior robustez, absorvendo qualquer impacto através do alongamento e recuperando a sua forma original sem sofrer deformações permanentes. • Tecnologia d-fine. Aumenta a superfície dos talões em 5% em relação a um pneu normal. • Tecnologia do talão: Produzido com um único cordão, o talão Continental tem menos borracha para melhorar a resistência e aumentar a capacidade de flexão da parede lateral. n “TEMPOS TURBULENTOS” Embora os responsáveis da Continental estejam confiantes na evolução que a fábrica de Lousado pode continuar a apresentar nos próximos anos, reconhecem que o setor agrícola vive “tempos turbulentos”. Ivonne Bierwith, diretora de negócio de pneus agrícolas da Continental, observa uma tendência de queda no investimento em máquinas agrícolas a partir de 2021, em grande parte devido ao aumento da inflação. No caso específico dos tratores, prevê um crescimento no segmento de mais de 240 cv e uma estabilidade na gama de 150-240 cv. As perspetivas são negativas para as potências inferiores. A nível geral, Bierwith nota um certo movimento da procura “em direção aos pneus mais baratos”, referindo-se aos pneus importados da Ásia. Harm-Hendrik Lange apresentou pormenores sobre os investimentos em I&D. Ivonne Bierwith, diretora de negócio de pneus agrícolas da Continental. O ambicioso programa de investimento em Lousado levou à criação de um centro de testes para pneus todo-o-terreno, incluindo pneus agrícolas

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