BA2 - Agriterra
AMENDOAL 41 uma boa adaptação a solos compactos, pouco férteis ou com problemas de replantação. Para o sistema em sebe, o principal padrão utilizado é o Rootpac® 20 por proporcionar um vigor controlado e um bom comportamento em solos férteis, mas também pesados ou leves, ou com problemas de asfixia ou nemátodos (Iglesias e Torrents, 2020a). Em certas ocasiões em que os solos o exijam devido à baixa fertilidade, textura compacta, má drenagem, etc., o Rootpac® R proporciona muito bons resultados devido à sua excelente adaptabilidade. O vigor dos padrões mencionados pode ser observado na Figura 4, onde é evidente a diferença de vigor con- ferida à variedade. Para o sistema em sebe, o padrão utilizado geralmente em Espanha e Portugal é o Rootpac® 20, juntamente com o Rootpac® R, em casos onde o justifiquem as limita- ções edáficas. Este padrão apresenta simultaneamente umnotável interesse para o sistema intensivo commenores compassos de plantação, por possi- bilitar um melhor controlo do vigor. Variedades A notável inovação em variedades procedente de Espanha foi o fator determinante sobre o qual assenta o notável desenvolvimento do amendoal nas duas últimas décadas no sul da Europa, especialmente em Espanha e Portugal (Miarnau et al. , 2018a). As referidas variedades provêmmaiorita- riamente dos programas de melhoria genética do CEBAS-CSIC (Múrcia), CITA (Aragão) e IRTA (Catalunha), para além da 'Lauranne' (Avijor), do INRA (França). Em conjunto, apresentam como características destacáveis a autofer- tilidade e a floração maioritariamente média ou tardia, cobrindo um amplo calendário de maturação (Figura 5). As suas características do grão, bem como sensoriais e a adequação ao processamento variam, sendo todas de casca dura ou semidura. Foram variedades desta procedência que foram maioritariamente planta- das em Portugal na última década, às quais se juntaram nos últimos anos plantações de variedades americanas, como 'Nonpareil' ou 'Monterey'. Em concreto, as variedades mais plan- tadas em Portugal nos últimos anos foram a 'Soleta', 'Avijor', 'Guara', 'Vairo', 'Belona', "Marinada' e, mais recente- mente, 'Penta'. Sistemas de formação A combinação específica variedade/ padrão, em conjunto com o sistema de formação e respetivo compasso de plantação, constituem os dois princi- pais componentes do rendimento em plantações de amendoeira. Tal como acontece com outras espécies frutíco- las, mas com um considerável atraso, com a amendoeira está a ocorrer uma clara tendência para a intensificação das plantações, com o objetivo de se conseguir uma entrada em produção mais rápida e uma maior eficiência na utilização dos inputs , associada a um menor volume e à acessibilidade da copa (Iglesias e Laghezza, 2020). Com o objetivo de classificar os sistemas de formação/plantação de amendoal, na Tabela 2 são indicados, de forma simplificada, os mais utilizados na atualidade, com base no compasso de plantação. Figura 5: Períodos de floração e de maturação (<75% frutos com pericárpio aberto) de diferentes variedades de amêndoa no Vale do Ebro. Média período 2010- 2016 (Fonte: Adaptado de IRTA, CITA e CEBAS-CSIC) Tabela 2: Principais sistemas de formação utilizados em plantações de amendoal em Portugal em função do compasso de plantação. TRADICIONAL INTENSIVO SES ou 2D 7-6 x 6 m 6 x 4-3 m 3,5 x 1,0 - 1,2 m 238-278 ar./ha 555-417 ar./ha 2.857-2.380 ar./ha
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