BA2 - Agriterra

AMENDOAL 42 A intensificação das plantações permite uma entrada emproduçãomais rápida, devido ao facto de cada árvore ocupar rapidamente o espaço atribuído. Esta intensificação também está relacio- nada com o vigor proporcionado pelo padrão. Assim, emplantações superin- tensivas, atualmente mais designadas como SES (Sustainable and Efficient System) ou 2Dpor se trataremde copas de menor volume, mais bidimensio- nais em relação ao vaso, o controlo do vigor consegue-se de forma natural com a utilização de padrões de pouco vigor, como o Rootpac® 20. Mesmo no caso de menores densidades de plantação, como o sistema tradicional e intensivo expostos na Tabela 2, foi demonstrado que a intensificação permite uma entrada em produção mais rápida, tal como se observa na Figura 6. Este facto, comprovado desde há décadas em diferentes espécies frutícolas, aliado à disponibilidade de padrões de vigor médio e baixo (Rootpac® R e Rootpac® 20) origi- nou a conceção de novos sistemas de formação mais intensivos, seja em vaso ou em sebe/SES quando a intensificação é superior. A escolha do sistema de formação do amendoal será determinada em boa parte pela superfície de plantação de cada empresa e pela respetiva disponibilidade de mão de obra. Em plantações de média ou grande dimensão, a utilização de guarda-chuvas invertidos não é atualmente uma opção exequível, devido ao tempo exigido. A mão de obra, tanto em Espanha como em Portugal, é cada vez mais cara, escassa e de disponibilidade incerta, o que representa um risco para sistemas mais dependentes de mão de obra, como são os panos e buggies . O sistema intensivo baseia-se em padrões de vigor médio a alto, prin- cipalmente GF-677, Garneme Rootpac® R (Figura 4). Os compassos de plan- tação atualmente utilizados oscilam entre 6 a 5m entre linhas e 6 a 2m entre árvores, consoante o sistema de colheita escolhido. O sistema de for- mação mais utilizado é o vaso, com as suas diferentes modalidades, ao passo que comcompassos menores se utiliza também o eixo central, com colheita com panos + buggies ou a partir do chão. O vaso pode ser o tradicional com três ou quatro ramos principais com o ponto de cruzamento a 1,10 m e poda de retorno no final do 1.º ano para reforçar a estrutura da árvore. Figura 6: Efeito da densidade de plantação na produção anual de amêndoa sem casca (kg/ha) desde o 2.º ao 8.º ano de plantação (Fonte: Miarnau et al. , 2018b). Esq.: Exemplo de plantação com sistemas intensivos e poda Aragonesa 4.0 em Évora (Portugal). Intensificação, copa multi-ramos por beliscões durante o período de treino e controlo do volume da copa com poda mecânica são as chaves do sistema. Foto: El Vivero de Abel. Dir.: Plantação de alta densidade na região da Apúlia (Itália) conduzida em sebes com árvores de pequeno volume, que permitem uma melhor eficácia dos tratamentos fitossanitários e a utilização de máquinas de montar para a colheita totalmente mecanizada. Foto: G. Rutigliano.

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