BA2 - Agriterra

AMENDOAL 45 Figura 12: Produções médias anuais de amêndoa sem casca (kg/ha) correspondentes a diferentes versões do sistema em sebe ou SES obtidas em plantações experimentais e comerciais de Espanha e Portugal desde o ano 2010. Figura 11: À esquerda, percentagens de radiação intercetada correspondentes às três versões (V1, V2 e V3) e duas larguras de sebe (80 e 100 cm) às 12h solares. À direita, interceção lumínica (%) desde as 8h às 19h, correspondente ao vaso (6 x 4 m) e à sebe ou SHD (V1 4 x 1m), valores médios de três dias (24 junho, 25 julho e 31 agosto); adaptado de Casanovas-Gascón et al. , 2019). plantação, à formação das árvores e à sua condução, são apresentadas na Figura 10 as dimensões de uma plan- tação em sebe no que diz respeito a compassos de plantação e dimensões da copa das árvores. À medida que o sistema em sebe foi sendo desenvolvido em diferentes regiões e países, foi evoluindo, sendo melhorados aspetos relativos à confi- guração da plantação (compassos de plantação), à formação (eixo central, multieixo) e à poda (frequência de des- pontas, poda anual de manutenção). Isso deu lugar às diferentes versões do modelo (V1, V2 e V3) que possibilitaram melhorar a interceção da luz e a produ- ção. Nesta equação, a componente de maior peso no rendimento é a distância entre filas ao determinar os m 2 de sebe da plantação, dado que a ocupação do espaço entre árvores, a altura e a largura da sebe se podem compensar com a poda e a variedade adequada. Estas versões foram denominadas: V1 (inicial, distância entre carreiros de 4,0 m); V2 (distância 3,5 m) e V3 (distância 3 m). A distância mais comum entre árvores em sebe é de 1,00 a 1,30mentre as mesmas. Na Figura 11 são apresentadas as per- centagens de luz intercetada às 12h solares para as três versões de sebe (V1, V2 e V3) e duas larguras da mesma (80 e 100cm). Verifica-se, tal como nas produções (Figura 12), que ao diminuir a distância entre linhas por um lado e ao aumentar a largura da sebe de 80 para 100cm por outro, a interceção de luz combase na otimização da relação lar- gura/altura da sebe (Figura 8) aumenta proporcionalmente. Concretamente, aumenta-se de 20% para 33,3% ao passar da versão V1 (4m entre linhas) e largura de 80cm para a versão V3 (3m entre linhas) e largura de 100cm, o que representa umaumento de 66,5%. Com base na experiência disponível, para uma correta iluminação no interior da copa não são recomendadas largu- ras da sebe superiores a 1m, embora tal dependa fundamentalmente da variedade, da respetiva capacidade de ramificação e do número de despontas realizadas na fase de formação, que deverá ser ajustado a cada variedade para que a densidade da sebe seja a correta. Para o vaso a 6 x 4m e um carreiro livre de 2m de largura, às 12h solares, a percentagem de luz inter- cetada é de 66,5%. Casanovas-Gascón et al. (2019), ao comparar com a variedade 'Soleta' o vaso (6 x 6m) e a sebe (V1 a 4 x 1m) obtiveram uma diferença média de interceção ao longo do dia (das 8 às 18h solares) de 16,7% superior no vaso, mas muito inferior à correspondente às 12h solares (30%) (Figura 11). Com o pessegueiro, as percentagens de interceção de luz (PAR intercetado

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