BA2 - Agriterra
73 COM A EMPRESA... ADVICE.AGRIBUSINESS Apostar na produção de cebola de dias longos Porquê? Como? A aposta na produção de cebolas de dias longos (DL) em Portugal é necessária para dar resposta à escassa produção atual face à procura existente e crescente. Sérgio Margaço Diretor Advice.AgriBusiness Cora Seeds em Portugal As variedades de cebola classifi- cam-se em três grupos segundo a reação ao fotoperíodo, ou seja, as necessidades diárias de horas de luz (Almeida): • Variedades de dias curtos: a dura- ção do dia tem de ser superior a 11 horas. A sementeira realiza-se no verão e a colheita ocorre na pri- mavera. Normalmente, possuem baixos teores de matéria seca e a capacidade de conservação é baixa ou nula; • Variedades dedias intermédios: dias com 13 horas de luz. São semeadas nos meses de outono e no início do inverno. Algumas variedades podem ter capacidade de conservação até dois a três meses. • Variedades de dias longos: dura- ção do dia superior a 14 horas. A sementeira faz-se desde finais de fevereiro até meados de abril e a colheita no verão. A capacidade de armazenagem de algumas varieda- des é muito boa (oito meses). PORQUÊ? A cebola pertence à família das Aliáceas que inclui também o alho e o alho francês que são consumidos à escala global, conhecendo-se a “boa fama” na alimentação e na saúde. Os dados do GPP mostram que em Portugal se registou um aumento de 30% no consumo per capita de cebola, com uma evolução de 8,6 kg/ habitante em 2011 para 11,2 kg/hab. em 2018. A cebola nacional dá resposta a menos de metade das necessidades do consumo. O grau de auto aprovi- sionamento era de 42,6% em 2011 e foi de 45,6% em 2018. A área de produção de cebola em Portugal foi de cerca de 1.500 hectares, em 2011 e em 2018. A produtividade melhorou desde 2011, ano em que se obteve 25 toneladas/ha, até 35 ton./ha em 2018. Na tabela 1, apresentam-se os dados da produção de cebola. Apresentam-se, na tabela 2, as quan- tidades que Portugal importou e exportou, assim como os respetivos valores e preços médios. Verificou-se entre 2010 e 2019: • Um aumento das quantidades importadas, como resposta ao aumento registado no consumo, para o qual, a ligeira tendência de aumento da produção nacional, é manifestamente escassa; • A exportação também registou uma tendência de crescimento, emquan- Elenka F1 com resistência a doenças e tolerância ao stress.
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