BA23 - Agriterra

40 SISTEMAS DE REGADIO FENAREG alerta: atrasos no regadio podem custar 5,4 mil milhões à agricultura A Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) defendeu, na Agroglobal, a execução imediata da Estratégia ‘Água que Une’, sublinhando que cada ano de atraso na expansão do regadio poderá representar perdas de 5,4 mil milhões de euros. Com verbas insuficientes no PEPAC e dezenas de projetos prontos a avançar, a federação pede uma estrutura autónoma para garantir a execução e reforçar a resiliência hídrica do país. FENAREG A Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) alertou durante o debate ‘Investimento em Regadio: o que há de novo?’, na Agroglobal, que Portugal poderá perder 5,4 mil milhões de euros em valor económico se adiar em dez anos a expansão de 120 mil hectares de regadio prevista na Estratégia ‘Água que Une’. Um montante que corresponde ao investimento total programado até 2030 neste documento. Destaque também para as 300 medidas inscritas na Estratégia - entre as quais a reabilitação de infraestruturas, a construção de novas barragens, interligações e modernização dos sistemas de rega -, mas que não contemplam cerca de 60 medidas fundamentais para o regadio, sendo que 49 delas totalizam um valor que ultrapassa os 477 milhões de euros. A maioria destes projetos está pronta para avançar, com estudos feitos e financiados pelo PDR2020, mas continua sem perspetiva de execução e não foi incluída no documento divulgado para consulta. José Núncio, presidente da FENAREG sublinhou, nas suas intervenções ao longo do debate, que a estratégia ‘Água que Une’ é essencial para garantir a segurança hídrica, a competitividade agrícola e a coesão territorial do país, defendendo que a questão central não deve ser “quanto custa fazer, mas quanto custa não fazer”. Neste contexto, alertou que “cada ano de atraso representa perdas significativas para a economia e para o futuro da agricultura portuguesa, que poderão colocar em risco 5,4 mil milhões de euros, um valor semelhante ao que a Estratégia prevê de investimento até 2030 para assegurar a gestão sustentável e integrada dos recursos hídricos em Portugal, de modo a garantir a segurança hídrica e a resiliência face às alterações climáticas, como a seca e as cheias". José Núncio, presidente da FENAREG.

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