BA23 - Agriterra

56 SMART FARMING O futuro da agricultura já chegou a Portugal A agricultura portuguesa está a viver uma mudança profunda. A digitalização, os sensores inteligentes e os modelos preditivos já fazem parte do dia a dia de muitas explorações, permitindo antecipar problemas, poupar recursos e aumentar a eficiência. Entre vinhas, olivais e culturas hortícolas, projetos desenvolvidos por instituições como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e o Smart Farm Colab (SFCOLAB) mostram que o smart farming deixou de ser apenas um conceito futurista e está a transformar, no presente, a forma como se produz em Portugal. Marta Clemente O setor agrícola nacional encontra- -se numa fase de transição decisiva, impulsionada pela digitalização e pelo recurso a modelos preditivos que permitem gerir culturas com uma precisão nunca antes alcançada. As chamadas smart farms já não são um conceito distante, mas uma realidade que se afirma no terreno, com resultados visíveis na eficiência produtiva, na sustentabilidade e na competitividade do setor. O conceito de smart farming assenta na integração de dados provenientes de diferentes fontes – do solo, da meteorologia, de sensores, Internet das coisas (IoT), de drones ou até de satélites – e na sua análise através de inteligência artificial (IA) e algoritmos de machine learning. O resultado é a possibilidade de prever problemas, antecipar necessidades e otimizar recursos, quer seja através de sistemas de monitorização inteligente – que conjugam dados climáticos, de solo e imagens de satélite –, quer por meio de algoritmos de previsão. Para Helena Vazão, diretora executiva do SFCOLAB, esta mudança traduz- -se na passagem de uma agricultura “reativa” para uma agricultura “preditivo-preventiva”, em que o agricultor atua antes de os sintomas se tornarem visíveis no campo. Imagens RGB e Multiespectral de olival superintensivo. Imagens captadas por drone Mavik3E com sensor multiespectral e câmara ótica 4K. © SFCOLAB.

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