Portugal perdeu 13% do território em incêndios na última década Portugal perdeu 13% do seu território em incêndios na última década e voltou a liderar, em 2025, a lista dos países mais afetados pelas chamas na União Europeia. A agrofloresta pode ser a chave para travar a catástrofe. Para a Traditional Dream Factory a solução passa por redesenhar a paisagem com sistemas agroflorestais e de retenção de água, criando ecossistemas mais resilientes, produtivos e capazes de travar a propagação do fogo. Portugal voltou a liderar a lista dos países mais afetados pelos incêndios na União Europeia: só no verão de 2025 quase 279 mil hectares — cerca de 3% do território nacional — foram destruídos pelas chamas, segundo dados do European Forest Fire Information System (EFFIS). Este valor triplica a média das últimas duas décadas e confirma uma tendência alarmante: em dez anos o país perdeu 13% da sua superfície em incêndios, concentrando, em conjunto com Espanha, dois terços da área total ardida na Europa. Para Samuel Delesque, cofundador da Traditional Dream Factory (TDF), é tempo de mudar a estratégia: “o problema não é apenas climático, é estrutural. É urgente redesenhar a paisagem com sistemas agroflorestais e de retenção de água, criando ecossistemas diversificados que travem o fogo e revitalizem a economia rural”. 8 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.AGRITERRA.PT • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER Soluções inovadoras na produção de pequenos frutos O Centro de Investigação para a Sustentabilidade recebeu 80 especialistas agrícolas de todo o país no âmbito do 7.º Colóquio Nacional de Produção de Pequenos Frutos, realizado a 25 e 26 de setembro, em Oeiras. O 7.°Colóquio Nacional de Produção de Pequenos Frutos foi promovido pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV). A visita técnica ao Polo de Inovação da Fataca, ponto alto do segundo dia do encontro, permitiu aos participantes conhecer projetos pioneiros nas áreas da produção sustentável, otimização do uso da água e controlo ecológico de pragas. Ao longo da visita investigadores, técnicos e representantes do setor agrícola puderam observar no terreno os resultados de vários projetos desenvolvidos pelo Centro, desde ensaios de gestão eficiente da água e reaproveitamento de águas de drenagem, até estratégias inovadoras de proteção fitossanitária. Entre os destaques estiveram as apresentações de Rita Pinto, especialista da Driscoll’s, responsável pelos ensaios de eficiência hídrica, e dos jovens investigadores Jéssica Gomes e Frederico Preza, cujos trabalhos têm contribuído para práticas mais sustentáveis na produção de pequenos frutos.
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