BA23 - Agriterra

81 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS cooperativas Viver (Castellón), Terres dels Alforins (Valência), Artajona (Navarra), Bodegas San Gregrorio S.Coop (Navarra) e Alta Alcarria (Castilla-La Mancha), garantindo a sua aplicabilidade de acordo com as caraterísticas de cada território. 1 - Melhoria dos solos e retenção de água O solo é um recurso fundamental e a sua conservação é uma prioridade essencial. A implementação de coberturas, vivas ou inertes, atua como uma barreira protetora do solo que ajuda a reduzir a erosão, a controlar a temperatura e a melhorar a estrutura do solo, aumentando a sua capacidade de retenção de água. “As culturas de cobertura demonstraram ser uma técnica muito eficaz para conservar a humidade do solo, graças à sua capacidade de melhorar a infiltração, reduzir o escoamento e a evaporação e aumentar a matéria orgânica e a fertilidade do solo”, explica Domingo. Além disso, as medidas de adaptação orientadas para o solo, como a aplicação de composto e outros aditivos orgânicos, o plantio direto ou a rotação e diversificação de culturas, oferecem importantes benefícios agronómicos. Estes incluem o aumento da fertilidade natural do solo, o aumento da disponibilidade de nutrientes essenciais e a redução dos riscos associados a pragas e doenças através da interrupção do seu ciclo biológico, entre outros. 2 - Inovação tecnológica para uma gestão eficaz A tecnologia aplicada ao campo tornou-se um aliado essencial face às alterações climáticas. Sensores de humidade, sistemas de teledeteção e ferramentas digitais permitem ajustar a irrigação às necessidades específicas de cada cultura, evitando desperdícios e otimizando a utilização da água. Da mesma forma, as técnicas de fertilização de precisão garantem uma distribuição equilibrada de nutrientes, adaptada às condições do solo. 3 - Escolha de variedades adaptadas e práticas sustentáveis A escolha de variedades de culturas localmente adaptadas e resistentes é uma estratégia essencial para aumentar a resistência a condições extremas. Estando adaptadas às caraterísticas do solo e do clima locais, estas variedades têm uma maior resistência natural à seca e às doenças. Para além do trabalho com variedades autóctones, o melhoramento genético e a introdução de novas variedades são ferramentas fundamentais para minimizar os impactos das alterações climáticas. Nesta linha, a utilização de porta-enxertos resistentes e a diversificação varietal são práticas que não só reforçam a estabilidade das culturas, como também contribuem para reduzir a vulnerabilidade a pragas e outras ameaças. 4 - Promover a biodiversidade para um ecossistema equilibrado A biodiversidade desempenha um papel crucial na sustentabilidade dos sistemas agrícolas. A instalação de sebes, bosques e outras infraestruturas verdes proporcionam abrigo à fauna auxiliar, que atua como controlo natural das pragas. “Um campo com biodiversidade é um campo mais equilibrado e produtivo a longo prazo”, afirma o especialista. Além disso, a aplicação de métodos de controlo integrados, que privilegiam as soluções biológicas em detrimento da utilização de produtos químicos, minimiza o impacto ambiental e favorece a saúde do ecossistema. Do ponto de vista das alterações climáticas, as infraestruturas verdes contribuem para a proteção das culturas contra condições extremas como o vento, o excesso de sol e as geadas. 5 - Utilização eficiente e responsável dos recursos A otimização dos recursos é um princípio básico da agricultura sustentável. Os sistemas de irrigação por gotejamento, ao fornecerem água diretamente às raízes, reduzem significativamente as perdas por evaporação. Do mesmo modo, a compostagem de resíduos A equipa técnica da Fundación Global Nature efectua medições em olivais e vinhas. O projeto utiliza a ferramenta CANARI, que permite uma análise rápida e fácil das projecções climáticas de mais de 100 Indicadores Agroclimáticos (IAC).

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