BA3 - Agriterra
MILHO 60 FASE 2 CARATERIZAÇÃO COLHEITA E PRÉ-COLHEITA Total de FUM no milho recolhido em explorações da região do Vale do Tejo (A, B, C) em três datas de colheita 0 250 500 750 1000 1250 1500 1750 A1 A2 A3 A4 B1 B2 B3 C1 µg/kg 1st harv date 2nd harv date 3rd harv date A1-Inseticida-200 mL/ha A2-Sem tratamento A3-Azoto -30–200 kg/ha A4-Potássio-200 kg/ha B1-Adubo foliar B2-Sem tratamento B3- Tratamento solo C1-sem tratamento 1ª data 2ª data 3ª data A distribuição das micotoxinas nos grãos de milho é muito heterogénea, as concentrações estipuladas para os limites máximos são muito baixas, expressos empartes por bilião (ppb ou µg/kg). Uma amostra correspondente a uma única espiga contaminada atinge valores muito superiores aos limites máximos estipulados na legislação ( ver Figura 2 ). Portanto, para que se possa controlar e garantir a precisão e a reprodutibilidade dos resultados analíticos, importa também imple- mentar um plano de amostragem representativo e eficaz. O plano de amostragem adotado pelo QUALIMILHO considerou a retirada aleatória de várias porções incremen- tais de grão que forammisturados, por forma a obter uma amostra agregada ou global de, pelo menos, 5 kg que foi homogeneizado por trituração. A homogeneização por trituração significa que toda a amostra global foi moída e a farinha passou por um crivo de 1 mm. Depois da moenda, o moinho foi limpo para evitar conta- minações cruzadas. As análises das micotoxinas realizaram-se em três porções (repetições) de 50g retiradas aleatoriamente da farinha completa- mente homogeneizada. CARATERIZAÇÃO DA COLHEITA E PRÉ-COLHEITA Nas colheitas de 2018, 2019 e 2020 e numconjunto significativo de amostras representativas das explorações do Vale do Tejo, foram realizadas análises para despistar todas as micotoxinas validadas. Em todas as amostras analisadas, apenas foram detetadas fumonisinas em níveis variáveis e abaixo dos limites legais, sendo a FB1 a micotoxina predominante. Na colheita de 2019 e em oito ensaios com diferentes tratamentos realizados em três explorações do Vale do Tejo, as micotoxinas foram monitorizadas numa amostragem de 25 espigas recolhidas diretamente no campo e em três períodos que antecederam a colheita. As espigas foram recolhidas namaturidade fisiológica, dez e 20 dias após a primeira colheita e os valores mais altos de fumonisinas (>1000 µg/ kg) foram obtidos nas 2ª e 3ª datas para o ensaio que não foi tratado ( ver Figura 3 ). O grão proveniente do ensaio em que foi aplicado azoto foi aquele que revelou os valores mais baixos de fumonisinas. Os maiores níveis de fumonisinas foram obtidos no grão proveniente da 3ª data e esses resul- tados evidenciam que há um maior risco de contaminação em colheitas tardias. CONTROLE E MITIGAÇÃO DAS FUMONISINAS As fumonisinas foram identificadas como sendo as micotoxinas com origem no campo mais relevantes no milho recolhido nas explorações do Vale do Tejo e esses resultados orientaram o plano de ação para a caraterização das diferentes espécies de Fusarium . Outra atividade do QUALIMILHO foi a avaliação da evolução do grão arma- zenado, tanto ao nível das espécies de Fusarium presentes como da quantificação das micotoxinas. As Figura 2: Espigas de milho que revelam sintomatologia de contaminação com Fusarium e cuja totalidade do grão moído e homogeneizado conduziu a amostras com totais de fumonisinas >4000 µg/kg. Figura 3: Total de fumonisinas (FB1+FB2) no milho recolhido em oito ensaios conduzidos em explorações da região do Vale do Tejo (A, B, C) recolhidas na maturidade fisiológica (1ª data), após dez dias (2ª data) a após 20 dias (3ª data).
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