BA4 - Agriterra
72 AMENDOAL americanas de casca mole, já também plantadas no Alentejo. Embora igual- mente aí a maioria das plantações sejam de amêndoa mediterrânica, mas de variedades mais adaptadas à produção intensiva/em copa e de regadio. O presidente do CNCFS diz-nos que várias explorações optarampor fazerem a transição para o Modo de Produção Biológico (MPB), ganhando competiti- vidade, e “esse poderá ser o caminho para o amendoal em Trás-os-Montes, porque a valorização do produto pelo mercado compensa a menor produti- vidade destas produções de sequeiro”, defende Carlos Silva. Opreço domiolo de amêndoa de 2020 andou entre os 3€ e os 4€, enquanto a biológica se situou entre os 5€ e os 6€, “o que pode manter a cultura atrativa”, afirma Carlos Silva, salientando que “os agricultores continuam a considerar a amêndoa uma cultura competitiva, embora os preços de 2020 e espera- dos para 2021 tenham refreado um pouco o ânimo, porque o consumo baixou bastante, uma vez que havia muito consumo indireto, através da pastelaria por exemplo, e a produção a nível mundial subiu”. O consumo de frutos secos em Portugal tinha quase duplicado nos últimos anos, “passando de poucomais de 3kgs para ultrapassar os 6kgs per capita há cerca de dois ou três anos, segundo um trabalho do Centro de Competências, e a tendência conti- nuava a ser de subida, por isso antes da pandemia já devíamos estar mais perto dos 7kgs per capita , sendo que a amêndoa é o principal fruto seco consumido”. ALENTEJO: VALORIZAÇÃO DAS VARIEDADES MEDITERRÂNICAS DEVE SER O CAMINHO O diretor-geral da Migdalo explica-nos que a empresa tem acompanhado o crescimento da cultura da amêndoa no Alentejo, uma vez que as suas pri- meiras plantações foram em 2013 e, desde aí, a área de amendoal explodiu, situando-se hoje em torno dos 16.000 ha e continua a aumentar. A empresa temcerca de 50 fornecedo- res, fazendo consultoria agronómica a dez deles, e “iremos atingir o máximo de capacidade instalada da nossa uni- dade industrial – 2,5 milhões de kg por campanha – este ano, por isso estamos a planear aumentar essa capacidade em 2022 ou 2023”, diz Miguel Matos Chaves. Para o futuro da produção no Alentejo considera que “o caminho deve ser o da valorização da amêndoa mediter- rânica, de casca dura, como fizemos, O consumo de frutos secos em Portugal mais do que duplicou nos últimos anos, passando de pouco mais de 3kgs para perto dos 7kgs per capita . Emmuitos amendoais de Trás-os-Montes houve uma reconversão com adensamento e substituição de plantas, porta-enxertos e até de variedades.
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