30 ARROZ EM PORTUGAL de monocultura e, nos últimos anos, tem aumentado a pressão de infestantes específicas da cultura com crescente dificuldade de controlo. Acresce a redução de soluções herbicidas disponíveis, com diferentes modos de acção, consequência de um contexto legal cada vez mais rígido na avaliação de novas moléculas e uma crescente pressão da opinião pública, que está a reduzir significativamente o número de produtos autorizados. Por último, verifica-se uma crescente importância das Resistências aos herbicidas usuais, com frequente redução da eficácia no controlo de infestantes difíceis (exº: Echinochloas) e o aumento das resistências cruzadas que levam à perda de eficácia de produtos com o mesmo modo de acção. A crescente dificuldade em controlar infestantes na cultura levou à criação em 2016 do Grupo Operacional +ARROZ. Projecto inserido no PDR 2020 que visou promover a sustentabilidade do agro-ecossistema arrozal nacional, tendo como objectivo encontrar soluções adequadas a diferentes geografias, estruturais e sustentáveis na cultura do arroz, orientadas para a resolução do problema do controlo de infestantes, nomeadamente das espécies de Echinochloa spp. Este trabalho, liderado pela Lusosemem parceria com o INIAV, o ISA, o Cotarroz, a DRAP Centro, a Anseme, a Aparroz e a Gacha, permitiu obter resultados como o manual ‘Boas práticas na gestão das infestantes no arroz’, o livro ‘Infestantes dos arrozais de Portugal’ e uma ‘Ferramenta informática de apoio à decisão’, sediada no site www.maisarroz.com e que ajuda a identificar as principais infestantes e os herbicidas homologados para cada uma. Foram ainda identificadas e ensaiadas práticas culturais que podemajudar na gestão das infestantes, como a rotação cultural, a falsa-sementeira e a lavoura. Os resultados das rotações culturais e da falsa-sementeira forammuito promissores. E serão continuados nos trabalhos de 2022 já ao nível de campo. Sementeira em seco com semente enterrada, Caia, 2021. Dia Aberto DRAPC, 2021.
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