igualdade com todos os outros modelos de vinha na RDD (vinha ao alto e vinha em terraços), embora exija um parque de máquinas próprio e adaptado às encostas íngremes do Douro. Por outro lado, toda a vinha é de sequeiro e deixa-se a natureza atuar no que concerne a ervas. A convicção da empresa é a de que as ervas anuais protegem o solo da erosão nos meses de outono e primavera, desaparecendo nosmeses emque competem com as videiras. A sustentabilidade é confirmada com a manutenção das vinhas, optando-se pela via química e mecânica não se usando herbicidas de ação residual. Nas vinhas de patamares estreitos e face às vinhas em viticultura convencional a redução de herbicidas é de 68%. Também interessante foi todo o trabalho de mapeamento do terreno feito. E que permite que a empresa plante as suas castas no local preciso que vá suprimir as suas necessidades. ADEGA REQUER POUPANÇA DE ENERGIA E DE ÁGUA Quando as uvas vão para a adega as exigências em termos de consumo de água e de energia sobem. E é muito fácil perder o rumo. No caso da Herdade do Rocim, a estratégia passou por medidas “simples” como a colocação de luzes com sensores de movimento e iluminação controlada por temporizadores. E continua com a aquisição de painéis fotovoltaicos. Mas a preocupação coma sustentabilidade vai para além disso. A empresa tem o cuidado de adquirir as barricas, rolhas e embalagens de cartão provenientes apenas de florestas sustentáveis, assim como o comprar garrafas mais leves. A Casa Relvas, por seu lado, utiliza maioritariamente cartão feito a partir de papel reciclado certificado, e as garrafas são produzidas com uma menor quantidade de vidro, reduzindo assim em grande parte as emissões de CO2 das atividades da empresa. Já a Quinta do Monte d’Oiro investiu recentemente no aumento da área de vinha – 45% ou 9 hectares. O que a levou a ter de a aumentar a implementação existente de painéis fotovoltaicos. Segundo a empresa a localização geográfica faz com que o consumo energético decorra maioritariamente durante o dia, dado que as noites tendem a ser frias. Face a isto, a solução adotada passa por extrair o ar quente e forçar a entrada de ar frio. Com a instalação dos painéis concluída, a quinta passará a consumir a energia produzida pelos painéis no horário mais caro. Ou seja, é um investimento racional não só do ponto de vista ambiental, mas também financeiro. Apesar de as contas não estarem finalizadas a previsão é de que, com os painéis, no pico do consumo de energia o produtor tenha energia suficiente para não ter de a “comprar”. Ou seja, podem ser autossuficientes. Os painéis fotovoltaicos tendem a ser a melhor e mais usada solução. A The Fladgate Partnership, por exemplo, optou por ter mini produções de energia em três propriedades: Quinta dos Barões (Vila Nova de Gaia), Quinta da Nogueira (S. João da Pesqueira) e Quinta da Roêda (Pinhão). Como explica a empresa, o investimento feito permitiu não só diminuir o consumo de combustíveis fósseis como produzir energia elétrica com intuito de satisfazer as próprias necessidades de abastecimento de electricidade. Os três projetos garantem uma produção anual estimada de 756.700 Kwh 62 VITICULTURA
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