BF1 - iALIMENTAR
24 INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO novos ingredientes ou apoio em novas formulações”, refere Miguel Teixeira, acrescentando que “também já fize- mos, por exemplo, estudos de prova de conceito de novas tecnologias que ainda não são tradicionalmente usa- das na indústria alimentar, ao nível da parte microbiológica utiliza-se muito a pasteurização, mas já há novas tecno- logias para eliminar ou reduzir muito a carga microbiológica… recentemente a Covid, por exemplo, despoletou a Ozonização, uso do ozono, ou do Ultravioleta, que foram usados em algumas cadeias de retalho”. Assim, assegura o diretor do Colab4Food, “a indústria já começa a olhar para esses recursos que, muitas vezes, são mais rápidos ou conso- mem menos energia e podem ser uma alternativa”. O responsável adianta que, por vezes, estas indústrias também lhes pedem para fazer estudos sobre ‘o estado da OS OUTROS COLABS DA ÁREA AGROALIMENTAR O Colab4Food é o único inteira- mente dedicado à área alimentar mas há outros que também incluem este setor, como o Food4Sustainability, de Idanha-a- Nova, que ainda está em fase de instalação, mas já tem equipa a ‘mexer’. Cujo objetivo “é resolver problemas de grande escala em sistemas alimentares de base bio- lógica (por exemplo, rações, peixe, algas, vegetais) para a resiliência climática. O Colab será pioneiro numa mudança de processos lineares de produção agroalimen- tar para um processo circular”, explica-se no website, acrescen- tando: “O nosso objetivo é testar e implementar novas abordagens aos sistemas de produção alimen- tar que possam ter um impacto positivo”, entre elas o “aumento da eficiência de toda a cadeia de valor na indústria alimentar”. O MORE que tem como ambi- ção “identificar necessidades e desafios específicos nas áreas de Montanha Mediterrânica”, bem como “mobilizar de forma sustentável as cadeias de valor e promover locais naturais úni- cos, criando oportunidades de negócio baseadas em ciência e tecnologia”. Há também vários Colabs ligados mais à área da produção de agrí- cola, como o SmartFarmColab ou o Vines&Wines, bem como os ligados à economia domar como o B2E – Blue Economy Colab e o recém-criado S2AQUAcoLAB, que “pretende ter um papel ativo na transferência de conhecimento e tecnologias e disponibilizar servi- ços que aumentem a segurança alimentar e diversifiquem os pro- dutos da aquacultura”. Novas fontes de proteína foi uma das áreas que o Colab já investigou. Foto: Yilmazfatih, Pixabay. arte’, “ já fizemos, por exemplo, sobre novas fontes de proteína, recolhendo literatura, consultando também feiras do setor e falando com fornecedores, juntamos um pack de informação para que os nossos associados pos- sam saber onde encontrar estas novas fontes”. Miguel Teixeira refere que as empre- sas estão tambémmuito interessadas na digitalização. Por último, destaca que a PortugalFoods foi um dos gran- des dinamizadores do Colab “e nós temos uma parceria muito simbiótica com eles: a PortugalFoods já existe há mais de dez anos, olha muito para o que são as tendências e o acesso a novos mercados, numa perspetiva B2B. Nós vamos ser muito comple- mentares: olhando para as tendências identificadas, vamos perceber que ingredientes e formulações nos per- mitem chegar a elas, aplicar e testar, ficando assim connosco toda a parte de laboratório”. n
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