BF1 - iALIMENTAR
ENTREVISTA 26 PEDRO QUEIROZ DIRETOR-GERAL DA FIPA “A indústria saberá adaptar-se aos novos tempos” Emília Freire Quais são os pontos principais da evolução do setor alimentar em Portugal nos últimos anos? Estamos a falar do maior setor industrial em Portugal que, até 2020, vinha a crescer a um ritmo de cerca de 2% ao ano. Mas mais do que essa vertente económica, é uma indústria que tem tido uma evolução grande ao nível dos desafios societais: tem dado respostas ao nível da inova- ção, da sustentabilidade, da informação ao consumidor e da modernização tecnológica. É, assim, uma indústria que tem vindo a crescer ao longo dos anos mas, acima de tudo, tem sabido modernizar-se e dar respostas às demandas da sociedade. Na FIPA temos tentado alavancar estes eixos, dar visi- bilidade a este trabalho conjunto que a indústria tem A pandemia de Covid-19 teve um forte impacto na indústria alimentar, o maior setor industrial em Portugal, por via, principalmente, do fecho do canal HORECA, mas o diretor-geral da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares (FIPA) assegura: “A indústria saberá adaptar-se aos novos tempos, empreender as mudanças necessárias, inovando e trazendo novas experiências aos consumidores, para dar a volta a esta situação”. feito e procurado, sempre que necessário, desbloquear um conjunto de barreiras que vão surgindo, políticas e legais, por exemplo, para que a indústria possa fazer o seu trabalho e explorar todo o seu potencial. De que forma a pandemia tem afetado o setor? Tem sofrido como os outros setores e é enganadora aquela ideia que se tenta fazer passar: ‘as pessoas con- tinuaram a comer, por isso o setor está bem’, não é verdade. Não nos podemos esquecer que além de mui- tas empresas com cantinas, que estiveram encerradas, o canal HORECA fechou… somando o confinamento de 2020 e o de 2021 já são muitos meses fechado e a indústria, como fornecedora, foi bastante impactada. Ainda não temos números oficiais do INE [16 de março] "A indústria fez um trabalho fantástico porque continuámos sempre a ter alimentos nas prateleiras… como nós dissemos: ‘a indústria alimentar não pode parar’, e nunca parou. Vai ficar para a história desta pandemia".
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