BF1 - iALIMENTAR

ENTREVISTA 28 Há recentes bons exemplos nesse sentido, como é o caso dos Cereais do Alentejo – onde se juntou produ- ção, transformação e distribuição – que podem ser seguidos noutras categorias. O que acha? Certamente, este tipo de parcerias, que podem igualmente ter a participação de universidades, institutos politécnicos, etc., juntando também a ciência, poderão pôr a agricul- tura a desenvolver e melhorar espécies e incrementar culturas que depois sejam escoadas pela nossa indústria e isso é fundamental que aconteça. ESPERAMOS QUE 2022 POSSA SER UM ANO JÁ DE ALGUM CRESCIMENTO Sabemos que este ano vai ser muito difícil…mas quais são as perspetivas da FIPA para o setor no pós-Covid? O próximo ano ainda vai ser também muito difícil por- que acreditamos que possa haver o retomar de algum consumo ainda este ano, principalmente se a reabertura da restauração for sustentada e não houver um passo atrás e fechar tudo novamente, porque isso se começa a tornar incomportável… mas vai ser um percurso difícil de recuperação. Mas acredito que a nossa indústria vai continuar a desenvolver todos os esforços para seguir este caminho de garantir a disponibilidade de alimentos e as necessidades dos consumidores, continuando o cumpri- mento dos seus compromissos ao nível da inovação e da sustentabilidade. Esperamos que 2022 possa ser um ano já de algum cres- cimento mas… o mas está sempre presente, tendo em conta a imprevisibilidade atual. A sustentabilidade é uma questão que está na ordem do dia, emque o setor temvindo a trabalhar hámuito, mas sabe-se pouco sobre o que se tem feito, não é? Já há bastante tempo que esta indústria aposta nas questões da sustentabilidade, mas penso que, o facto de sermos um setor muito atomizado e disperso não ajuda à boa comunicação dessas iniciativas. A FIPA tem procurado, em todas as suas intervenções, valorizar este trabalho em termos de sustentabilidade (nas três ver- tentes: económica, social e ambiental), porque é uma indústria que se tem empenhado nesta área, ao nível da produção, da qualidade do emprego, do reinvestimento social nas comunidades onde está inserida, de reduzir o impacto ambiental: inovação ao nível das embalagens, da modernização das fábricas e na otimização dos recursos. É um setor também muito amplo e diverso, o que também não deve facilitar a comunicação… Sem dúvida, a diversidade dos alimentos é grande e da indústria que os produz também. E vivemos numa época em que esta indústria busca diariamente mais qualidade, segurança, valor nutricional, sustentabilidade da sua pro- dução, e ao mesmo tempo coloca no mercado uma gama de produtos cada vez mais diversificada e com bastante valor acrescentado. Quais são as áreas em que a indústria alimentar está a apostar mais em termos de sustentabilidade? Para além da vertente de inovação ao nível das embala- gens, que já referi, a indústria tem trabalhado na redução da pegada ambiental – que penso que é uma matéria Esta indústria busca diariamente mais qualidade, segurança, valor nutricional, sustentabilidade da sua produção, e ao mesmo tempo coloca no mercado uma gama de produtos cada vez mais diversificada e com bastante valor acrescentado

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