ENTREVISTA A pandemia e a guerra trouxeram dificuldades na cadeia logística de abastecimento de matéria-prima, alguns constrangimentos na produção e o aumento do preço dos transportes e da própria matéria-prima. Mesmo assim a Balança Marques tem conseguido manter taxas de crescimento na ordem dos 20%. A agilidade e flexibilidade caraterísticas de organizações de menor dimensão permite-lhe uma rápida adaptação ao mercado e, com isso, “bater de frente” com empresas multinacionais. A empresa já vende para mais de trinta países, com presença direta em, pelo menos, três mercados. O próximo desafio é agregar o que hoje tem em seis localizações diferentes num único espaço. Um projeto que só deverá estar concluído em 2025. Que avaliação faz destes últimos anos de negócio? Ao nível daquilo que é a o grupo Balanças Marques, as coisas têm corrido bastante bem. Apesar de já termos mais de cinquenta anos, somos uma empresa que tem estado em constante evolução, e nos últimos dez anos temos tido um crescimento bastante acentuado. Estamos a falar de crescimentos anuais à volta dos 20%. O que tem muito que ver com a diversidade de mercados que vamos conquistando, com o maior leque de produtos que vamos tendo, com tentarmos sempre inovar e estar na vanguarda do mercado. Isso tem-nos permitido crescer e ganhar credibilidade. Para a nossa empresa têm sido anos muito positivos. Esses 20% acabam por estar alavancados num crescimento orgânico, quer a nível de geografia, quer a nível de portfólio? Sim. Há vinte anos éramos uma empresa local. Trata-se de um crescimento que vem da última década. Para além das empresas que temos cá, temos empresa própria em França, Espanha (duas empresas) e na China. Isto tem-nos permitido diversificar alguns mercados, ganhar quota de mercado e continuar a crescer. E nesses mercados são uma réplica do que existe em Portugal ou estão a "atacar" setores muito específicos em cada mercado? A China é um caso à parte, olhando para aquilo que são o resto dos mercados. Temos uma segmentação dos papéis de cada uma das empresas. Em Portugal a Balanças Marques é a nossa fábrica e onde temos o departamento de Investigação e Desenvolvimento e a produção. Nos mercados onde estamos com uma presença mais forte, fazemos questão de ter presença comercial local. Em França e em Espanha temos uma empresa importadora, que distribui nacionalmente os nossos produtos. Um distribuidor que compra um produto da Balanças Marques sabe que vai ter um suporte técnico próximo, vai ter presente alguém que fala a sua língua, um contacto com presença própria. E este é o objetivo nesses países: proximidade aos clientes, apoio técnico e apoio comercial. Qual foi o primeiro mercado externo em que penetraram? E o último? Neste momento vendemos para mais de trinta países. O primeiro mercado onde abrimos atividade fora de Portugal foi em Espanha. Eu diria que é aquele mercado geograficamente mais próximo. Alexandra Costa com Gabriela Costa 35
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