BF10 - iAlimentar

ENTREVISTA Desde quando estão em Espanha com presença própria? Com empresa própria, desde 2011. Mas a questão da exportação já vem quase da génese. Costuma-se dizer que esta empresa, quando foi fundada pelo meu avô há cinquenta anos, tinha mais facilidade em vender para Vigo do que em vender para o Algarve, que é bem mais longe geograficamente. Chegaram mesmo a acontecer situações destas, com um distribuidor em Vigo, a uma hora de distância. As coisas não eram como hoje, em termos de logística e transportes. Quando me perguntam como é que esta empresa começou a exportar, eu explico sempre que foi desde a sua fundação. Geograficamente estamos muito próximos de Espanha e eu poderia dizer que a génese foi estruturada, que foi um grande business plan para exportar. Não. Começou com uma proximidade geográfica em que há clientes na Galiza e começa-se a trabalhar o mercado espanhol, de uma forma não muito estruturada. Foi algo que foi acontecendo naturalmente há trinta e tal anos. Todos os outros países, mais tarde, já implicam, aí sim, algum trabalho por trás, mais pensado. A China é então o mercado mais recente? O último mercado onde entramos com empresa própria é a China, sim. Estamos a começar agora a vender residualmente mas o país tem um contexto diferente. O nosso foco, quando abrimos a empresa na China, não era ser uma empresa comercial. Temos um sócio chinês que nos garante qualidade e bons preços na nossa cadeia de abastecimento de matéria-prima que vem da China. Uma empresa que trabalhe com componentes tecnológicos tem necessariamente de trabalhar com o mercado asiático ou, então, não é competitiva. Poderão existir mercados em que sim, mas no nosso é muito difícil. Queremos garantir a qualidade do produto e a estratégia que adotámos, em 2015, com a abertura dessa empresa, foi ter um contato muito próximo com os nossos fornecedores, garantindo que são uma fábrica e não um trader, e que têm condições de produção. Mais recentemente, por volta de 2019, começámos a fazer alguma assemblagem na China do produto e alguma venda no mercado asiático, mas ainda é bastante residual. 36

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