ENTREVISTA Mencionou que a Balanças Marques vende para mais de trinta países. Qual é o vosso top cinco? Há três ou quatro anos vendíamos mais em França que em Portugal. Neste momento os nossos principais mercados são Portugal, França, Espanha, e depois América do Sul, sobretudo o Chile e a Colômbia. Estamos a entrar também na América Central, no México, neste caso através de distribuidor. E assinalo algo que nos enche de orgulho: entrámos com as balanças de Retail na cadeia Walmart, a maior cadeia de supermercados do mundo. Neste momento estamos também a apostar nos mercados do Médio Oriente: Dubai, Egipto e Arábia Saudita. São mercados que estão também em desenvolvimento. Sentiram algum impacto com a pandemia e, mais recentemente, com a decisão da China de desbloquear as exportações? Eu não diria que tivémos um impacto comercial, ou seja, ao nível de vendas, felizmente conseguimos estar sempre acima disso. Na cadeia logística de abastecimento de matéria-prima sentimos alguns constrangimentos na produção, o aumento do preço dos custos de transportes, o próprio preço da matéria-prima. E os chips com bastantes constrangimentos, atrasos. Isso foi um desafio para nós. Com a diversificação de mercados que temos, nas vendas, como referi, temos vindo sempre a crescer. Neste momento esses constrangimentos já foram atenuados ou, inclusivamente, já não existem? Foram atenuados. Em termos daquilo que foi o boom do processo inflacionista, por exemplo, nos custos de transporte, que há dois anos atingiram um pico muito grande, foi notório: tínhamos um contentor que vinha da China, que nos custava dois mil dólares, e nesse período passou a custar dez a 12 mil dólares. Estamos a falar de custos brutais, que tivemos de refletir no mercado. Neste momento a generalidade dos custos não está ao nível pré-pandemia, mas estão bastante mais atenuados. Há pouco falou em inovação. Que marcos gostaria de destacar ao longo da história da empresa e o que diferencia o grupo? Eu diria que aquilo que nos tem distinguido é ter uma flexibilidade grande, que nos tem permitido adaptar às necessidades do mercado e ter um produto que vai ao encontro das necessidades dos clientes, que tem vindo a evoluir ao longo do tempo e que é bastante robusto. No nosso mercado somos grandes, mas somos pequenos em dimensão ao nível dos nossos concorrentes europeus. Dependendo do setor do mercado e em que país estamos, a nossa concorrência pode ser diferente. O que eu quero dizer com isto, e são dados factuais, é que em Portugal a segunda empresa que produz equipamentos de pesagem portuguesa, a seguir a nós, fatura menos de 37
RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx