5 ASAE apreende cerca de 4.300 litros de óleo de bagaço de azeitona comercializado como azeite virgem extra A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), através da unidade regional do norte – Unidade Operacional de Mirandela -, realizou recentemente uma ação de fiscalização direcionada ao combate à fraude alimentar do azeite. Como resultado da ação foram apreendidos cerca de 4.300 litros de óleo de bagaço de azeitona que se encontrava a ser comercializado como azeite virgem extra, tendo sido instaurado o respetivo processo-crime por fraude sobre mercadorias e violação e uso ilegal de Denominação de Origem Protegida (DOP) 'Azeite de Trás-os-Montes', num valor aproximado de 18.200 euros. O óleo de bagaço era adquirido fora do território nacional, embalado em garrafões de cinco litros e rotulado como azeite virgem extra para comercialização no mercado nacional. Foi suspensa a unidade de embalamento ilegal. No seguimento da investigação, foram apreendidos mais de 1.300 litros de azeite que estavam a ser comercializados em mercados e feiras locais, provenientes do mesmo embalador. De referir que a escassez do azeite e o subsequente aumento do seu preço contribui para a existência de um alegado risco acrescido de práticas fraudulentas associadas a este produto tão apreciado pelos consumidores. Neste sentido a ASAE tem reforçado o acompanhamento e vigilância do setor, desde a verificação da origem da azeitona que entra nos lagares até ao processo de embalamento, distribuição e disponibilização do consumidor final, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos e da defesa e segurança dos consumidores. EDITORIAL A paridade de preço entre a carne cultivada e a tradicional “pode ser atingida na próxima década”, mas a nível de impacto ambiental “só se atingem resultados com investimento em investigação e novas (bio)tecnologias do setor agroalimentar”. Quem o afirma é José Espírito Santo, strategy, CFO e investor relations na Cell4Food, a única empresa portuguesa que se dedica à agricultura celular para o setor alimentar. Em entrevista, o responsável avança que a empresa (que também é a única, a nível mundial, a produzir carne de polvo) está a desenvolver novas espécies de peixes e crustáceos para alimentação humana e para rações para animais de estimação, defendendo que “a carne cultivada só será uma alternativa quando houver capacidade industrial instalada”. A tendência é já incontornável, e tema em destaque nas principais feiras do setor. Na Alimentaria Foodtech, que em outubro apresentou, em Barcelona, as últimas inovações tecnológicas para esta indústria com recurso a automação e Inteligência Artificial, o lançamento de impressoras 3D que produzem bacon, bife e camarão à base de proteína vegetal ou de farinhas de minhoca, entre outras novidades, comprovou o interesse do mercado neste nicho em expansão. Já a Lisbon Food Affair, que em fevereiro volta a reunir na FIL produtos, equipamentos e tecnologias para a indústria da alimentação e bebidas, promete ser um marketplace para o lançamento de inovações, como os alimentos do futuro – e, entre eles, as proteínas vegetais. Também em destaque, nesta edição, uma Grande Entrevista à Balanças Marques que, apesar da conjuntura desfavorável nos últimos anos, tem mantido taxas de crescimento na ordem dos 20%. “Na vanguarda do setor da pesagem”, a empresa está a desenvolver sistemas para conciliar peso com volumetria e uma solução de reconhecimento, por IA, dos produtos que são pesados, avança Tiago Marques Pereira, executive board member da especialista em balanças comerciais e industriais. Nota ainda, na indústria conserveira, para a aposta da Pinhais em produtos premium. A empresa de conservas artesanais mantém-se fiel a um processo tradicional centenário, que adapta com inovação e sustentabilidade. Boas leituras e votos de uma excelente quadra natalícia! Regressamos em 2024 com a informação profissional para a indústria alimentar portuguesa. Vencer o presente com os olhos postos no futuro
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