BF10 - iAlimentar

54 PACKAGING Novo projeto europeu focado em desenvolver embalagens ativas biodegradáveis para alimentos Sob o nome de 'Im-Pack' e coordenado pelo professor Casimiro Mantell, este projeto propõe, através de técnicas supercríticas, a utilização de extratos naturais agrícolas como substâncias ativas. Pretende-se que estas embalagens sejam de plástico biodegradável, a fim de aumentar a qualidade das embalagens elaboradas e reduzir o impacto ambiental da utilização de plásticos convencionais. A Universidade de Cádiz coordena um inovador projeto europeu, liderado pelo professor da área de Engenharia Química, Casimiro Mantell, focado no desenvolvimento, através de técnicas supercríticas, de novas embalagens ativas* biodegradáveis para a comercialização de produtos frescos mediterrânicos. Este trabalho, que terá uma duração de 36 meses e recebeu um financiamento por parte da Comissão Europeia de 1,5 milhões de euros, propõe a adição a estas embalagens de extratos naturais obtidos a partir de subprodutos agrícolas, como substâncias ativas. Por isso, é importante recordar que existe atualmente uma tendência focada na procura das denominadas embalagens ativas para aumentar a vida útil dos produtos frescos. “Uma das alternativas mais promissoras são as embalagens produzidas pela adição de uma substância ativa na própria formulação do polímero. Estes compostos podem ter diferentes propriedades funcionais, incluindo a capacidade de minimizar a oxidação e a degradação microbiológica dos alimentos frescos durante o armazenamento dos mesmos”, explicam os investigadores. O resultado é um aumento significativo da vida útil dos alimentos embalados, promovendo assim uma economia circular, o que aumenta a rentabilidade do processo global. Por outro lado, pretende-se que estas embalagens sejam de plástico biodegradável, a fim de aumentar a qualidade das embalagens elaboradas e reduzir o impacto ambiental da utilização de plásticos convencionais. Assim, o projeto Im-Pack propõe a aplicação de uma nova tecnologia que utiliza fluidos supercríticos para gerar a embalagem ativa, uma tecnologia que foi testada em plásticos convencionais com excelentes resultados, aumentando em vários dias a vida útil dos alimentos frescos e, portanto, a capacidade de exportação das empresas agroalimentares. “Um dos principais objetivos deste projeto centra-se no desenvolvimento de soluções inovadoras que aumentem a competitividade dos pequenos e médios agricultores através da implementação de novas embalagens ativas biodegradáveis, adequadas para a comercialização dos alimentos frescos mediterrânicos. Com estas embalagens, as empresas agroalimentares podem chegar a novos mercados e reduzir as perdas de alimentos devido à caducidade dos produtos”, segundo os investigadores da UCA. Espera-se que ao longo deste trabalho “possamos criar embalagens que aumentem os benefícios de todas as partes interessadas, incluindo os agricultores, os pequenos fabricantes de alimentos e os distribuidores locais”. Sem esquecer que “os benefícios também se devem traduzir num preço justo para os consumidores”. Assim, o projeto Im-Pack integra-se no conceito de economia circular para aplicar a rentabilidade das embalagens ativas formuladas com extratos de subprodutos agrícolas, obtidos e impregnados por meio de uma técnica sustentável. O utilização de plásticos biodegradáveis e a valorização de subprodutos agrícolas como

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