61 LOGÍSTICA DE FRIO terior ao transporte das mercadorias, o embalamento, o armazenamento e a distribuição. TRANSPORTE DE PRODUTOS PERECÍVEIS: SEGURANÇA ACIMA DE TUDO O transporte refrigerado internacional está a registar um crescimento significativo, porque qualquer produto pode ser comprado ou vendido em qualquer parte do mundo. Há países que, devido às suas características geográficas ou climáticas, não podem produzir determinados produtos, como por exemplo, os frutos tropicais. Também se pode dar o caso de que a procura de um determinado produto num país exceda a sua capacidade de produção, ou que comprar esse produto noutro país seja mais económico do que produzi-lo no próprio território. Os produtos perecíveis podem ser frescos, congelados, refrigerados, processados, desidratados ou, inclusivamente, vivos, e cada um deles exige uma relação de temperatura no seu transporte. Em termos gerais, os produtos refrigerados devem ser transportados a temperaturas que oscilam entre os 0 °C e os 8 °C, em função das suas características específicas, ao passo que os produtos congelados têm uma temperatura de transporte entre -12°C e -20°C. Atualmente, a nível mundial, transporta-se carne, peixe e marisco, frutas, legumes, sumos, produtos lácteos (leite, queijo, manteiga), flores, alimentos processados, bem como outros produtos da indústria farmacêutica que, tal como as vacinas ou os medicamentos, também se destinam ao consumo humano. É essencial que, desde a produção até ao seu destino final, passando por toda a cadeia logística, os produtos viajem nas condições corretas para manter a segurança alimentar. Esta cadeia de frio deve ser rastreável, dispondo de informação constante sobre a temperatura a que o produto está submetido. Por esta razão, todas estas atividades estão regulamentadas no denominado Acordo ATP (Acordo relativo aos Transportes Internacionais de Produtos Alimentares Perecíveis e aos Equipamentos Especializados a utilizar nestes Transportes), assinado em Genebra, em 1970. O objetivo deste acordo é o de garantir que os alimentos cheguem ao consumidor final em condições higiénicas adequadas e, por isso, estabelece como devem ser transportados os produtos perecíveis, determina as características que devem ter os veículos especiais que os transportam e estabelece os procedimentos de controlo necessários para garantir o seu cumprimento.
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