ENTREVISTA 61 O que é que depois resulta desses três materiais? A borra do café é usada para composto agrícola e, nalguns países, é usada para fazer briquetes de lareira de aquecimento. O plástico é usado para fazer mesas e cadeiras de esplanada, mobiliário urbano e o alumínio é usado para estruturas metálicas. E todo esse processo, neste momento, já está definido e implementado? Já está implementado, sendo que a questão dos produtos finais, ainda estamos a começar a reciclar cápsulas, portanto, essa parte (dos produtos finais) está a começar agora a dar frutos, digamos assim. Neste momento quantas empresas e quantos municípios já têm? Temos seis empresas que representam 14 marcas de café e temos 15 municípios já aderentes. Até ao final do ano vamos ter mais alguns. Por outro lado, existem algumas empresas de retalho também a quererem juntar-se a nós. A partir do momento em que esta empresa está oficializada vai ser mais fácil e mais célebre avançarmos rapidamente. Os estudos que fizeram mostram qual a percentagem de reciclagem de cápsulas que efetivamente se faz e qual o potencial com este processo? O potencial é grande porque as cápsulas são um resíduo muito fácil de transportar. O nosso desejo era ter uma taxa de reciclável o mais alta possível. Posso dizer que neste momento a Nespresso, que já tem este sistema implementado há muitos anos nas suas boutiques, tem 30% de taxa de reciclagem. Nós estamos a começar e eu penso que ao longo do tempo poderemos chegar a um valor semelhante. Neste momento estamos a falar de quantos pontos de recolha? Depende dos municípios. Na totalidade eu diria que temos mais de 200 pontos de recolha. n "O potencial de reciclagem é grande, porque as cápsulas são um resíduo muito fácil de transportar"
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