BF18 - iAlimentar

ESTUDO 25 que no maracujá, estes compostos se concentram principalmente na casca (23-26 mg EAG/g peso seco), sendo por isso a parte do fruto que demonstrou maior atividade antioxidante in vitro. CASCA E SEMENTES: FONTES DE FIBRA DIETÉTICA E VITAMINA C Outro destaque deste estudo vai para a riqueza nutricional destes pós: os pós de casca e das sementes do maracujá roxo são fontes de fibra alimentar, enquanto os pós da casca e da polpa concentram quantidades muito significativas de vitamina C. De acordo com os resultados obtidos, um consumo diário de 10 gramas de pó obtido a partir da casca ou das sementes fornece, respetivamente, 21% e 22% da dose diária recomendada de fibra dietética . A mesma quantidade de pó obtido a partir da casca ou da polpa fornece, respetivamente, 51% e 11% da dose diária recomendada vitamina C. De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, uma alePós da casca, polpa, e sementes de maracujá roxo obtidos por liofilização e moagem. PARÂMETRO COLHEITA CASCA POLPA SEMENTES Média±DP Média±DP Média±DP Compostos fenólicos totais (mg EAG/g dw) 2020 26±2a 6.5±1.8a 4.5±0.5a 2021 23±2a 6.7±1.5a 5.5±0.3a 2022 24±1a 6.9±1.4a 4.5±0.3a Atividade antioxidante – método DPPH (mg ET/g dw) 2020 15±1a 1.9±0.6a 3.6±0.2a 2021 13±2a 2.2±0.3a 4.5±0.2a 2022 14±1a 2.6±0.4a 3.4±0.2a EAG – equivalentes de ácido gálico; ET – equivalentes de Trolox; dw- peso seco Teor total em compostos fenólicos e atividade antioxidante dos extratos em metanol aquoso (50:50 v/v) das frações de maracujá roxo ao longo de 3 colheitas consecutivas (2020–2022). Para cada parâmetro, valores na mesma coluna com a mesma letra não diferem significativamente (teste de Tukey, p˂0.05). micas, nutricionais e bioativas das diferentes partes do fruto (casca, polpa e sementes) ao longo de três colheitas consecutivas para determinar a sua variação entre diferentes colheitas. Efetivamente, o conhecimento sobre a variabilidade temporal da composição do maracujá roxo é fundamental para a viabilidade da sua valorização económica. AVALIAÇÃO DA VARIABILIDADE TEMPORAL DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO FRUTO A variabilidade da composição de produtos naturais, e dos seus subprodutos, colhidas em diferentes anos é influenciada por vários fatores ambientais e agrícolas e de pós-colheita. A garantia da estandardização da composição de um produto alimentar é um requisito importante para a sua comercialização e é tanto mais assegurado quanto menor a variabilidade entre colheitas relativamente à composição da matéria-prima. Neste estudo, os investigadores salientam que para esta avaliação foi salvaguardada uma gestão adequada de irrigação da plantação, impedindo que ocorra stress hídrico ao mesmo tempo que foram tidas em conta as variações das condições meteorológicas verificadas durante cada uma das colheitas. Perante isto, foi observado que em frutos no mesmo estado de maturação, características como massa e dimensões do fruto, peso fresco de cada uma das frações, a sua humidade, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante não apresentaram diferença significativas. É também de destacar a atividade antioxidante o teor de compostos fenólicos presentes nas diferentes partes do fruto. Estes compostos desempenham um papel importante na proteção contra o stress oxidativo, estando por isso associados a benefícios para a saúde e mitigação dos sintomas de doenças crónicas associadas a um desequilíbrio redox. Foi demonstrado

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