BF2 - iALIMENTAR
39 SEGURANÇA ALIMENTAR COMO GARANTIA DE QUALIDADE aplicáveis e que estes sejam seguros para consumo, tal como, as empresas que estão no topo da cadeia de abas- tecimento, também tentamapresentar evidências de que as suas instalações são seguras. GARANTIA DA QUALIDADE A gestão interna dos produtos e o controle de qualidade na indústria de alimentos servem para assegurar a saúde do consumidor. Já sabemos que o processo industrial acarreta riscos, por isso, existem critérios validados e certificados para que o alimento seja vendido com segurança [3]. Além da garantia contra contamina- ções por danos mecânicos, biológicos, químicos e outras caraterísticas pre- vista na ISO 22000 e que se refere à garantia da qualidade do produto que consumimos, um alimento necessita de passar por testes para legitimar a sua comercialização. Cada parte res- ponsável do setor, seja no fornecimento de matéria-prima, processamento dos alimentos, armazenamento, equipa- mentos, transporte ou venda, deverão cumprir a norma, assim como com- prometer-se com as boas práticas de segurança e qualidade que passam por exemplo por: • certificar a empresa; • contratar colaboradores qualificados; • manter equipamentos de acordo com leis e normas nacionais e internacionais; • integrar e auditar processos; • aprimorar processos e melhorias; • inve s t i r em pe squ i s a e desenvolvimento. AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS Os consumidores estão cada vez mais conscientes. Se há alguns anos era raro encontrar alguém que lesse os rótulos dos produtos, hoje a situação é totalmente diferente, a maioria das pessoas leem os rótulos e interessam- -se pela segurança alimentar. Para proporcionar confiança nos con- sumidores é necessário atuar com transparência. Os consumidores sentem mais segurança em marcas que revelam como as suas indústrias funcionam [2]. Além disso, as empre- sas estão mais conscientes de que a qualidade e a segurança dos ali- mentos oferecidos aos consumidores são importantes para a sua imagem e reputação. Outra tendência muito importante é ser mais 'amigo do ambiente'. A exemplo, salienta-se o papel das embalagens – um fator que gera uma perceção maior e imediata ao consumidor no que diz respeito à sustentabilidade. Além do aspeto da reciclagem/conservação e con- tribuição para a economia circular, a indústria alimentar finalmente, assi- milou a relevância da embalagem na comunicação com o consumidor. CONCLUSÃO A disponibilidade dos alimentos, o acesso das populações aos mesmos e um consumo adequado do ponto de vista nutricional são fatores basilares sobre os quais assenta o conceito de Segurança Alimentar. As alterações climáticas, a escassez de recursos naturais e a degradação dos solos por ação humana são algumas das ameaças que colocam em perigo a segurança alimentar, além dos atuais efeitos socioeconómicos das guerras políticas. A garantia de que todas as pessoas tenham acesso físico, social e eco- nómico permanente a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente para satisfazer as suas neces- sidades nutricionais, é uma vontade que globalmente, os Estados, socie- dade e empresas terão que ostentar e concretizar ainda mais, para não nos desviarmos neste longo caminho em direção a uma vida digna e saudável da população mundial. n REFERÊNCIAS [1] Maluf, Renato. "Caderno 'Segurança Alimentar'" (PDF). Universidade de Brasília. Consultado em 12 de dezembro de 2016. [2] http://blogdasegurancaalimentar.volkdobrasil.com.br/ papel-da-industria-para-garantir-a-seguranca-alimentar [3] https://www.asae.gov.pt
RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx