BF4 - iAlimentar

CARNE 14 ciente em hortícolas, come-se muito sal e muito açúcar. No seu conjunto, hábitos desadequados, os quais todos juntos têm impacto muito negativo na saúde. Não é um fator só. Todos estes fatores fazem uma baixa adesão ao padrão da alimentação mediterrânica. Há que sublinhar a importância do consumo da carne em padrões omnívoros, pois, enquanto espécie humana e na cadeia trófica, bem como no nosso próprio processo digestivo, dependemos da ingestão de carne. Inclusivamente a ingestão de ferro, na sua forma mais bio disponível, naturalmente que os vegetarianos terão que fazer as suas compensações. Importa adequar o consumo de carne à quantidade indicada na roda dos alimentos, bem como ajustar os hábitos em termos de consumo de hortícolas. A carne continua a ser considerada um alimento importante para ser incluído moderadamente na dieta humana e numa alimentação diversificada pelo seu elevado valor proteico, vitamínico e mineral. Em termos de inovação e desenvolvimento, de que forma temo setor crescido nestes segmentos? Temos empresas hoje cada vez mais capacitadas? As empresas portuguesas têm tido um enorme investimento nas novas tecnologias, para produzirem alimentos em novas embalagens, funcionais, mais sustentáveis. Têm investido nos novos alimentos, novas práticas e processamentos mais seguros, e novos equipamentos e tecnologia de ponta. A nível de consumo e exportações de carne em Portugal, têm dados que possa facultar atualizados? Ematadouros, por exemplo, há dados sobre quantos existem em Portugal? No Sistema de Informação do Plano de Aprovação e Controlo de Estabelecimentos (SIPACE) da DGAV - Direção Geral de Alimentação e Veterinária, existem 90 registos de matadouros de ungulados domésticos. Quanto a consumo, o último registo disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) acerca do consumo de carne em Portugal é de 2020. A saber: O consumo anual per capita (kg/hab.): • Total de carne e miudezas: 115 • Carne de bovinos 20,8 • Carne de suínos: 41,4 • Carne de ovinos e caprinos: 2,1 • Carne de equídeos: 0 • Carne de animais de capoeira: 44,3 • Outras carnes: 1,7 • Miudezas: 4,7 No que diz respeito a exportação/trocas intracomunitárias de bens de animais vivos e produtos do reino animal, em 2021, foram exportados com local de destino a: • Intra União Europeia: 1 264 421 861€ • Extra União Europeia: 599 377 694€ Em Portugal, segundo o Sistema de Informação do Plano de Aprovação e Controlo de Estabelecimentos, existem 90 registos de matadouros de ungulados domésticos e 32 registos de matadouros de aves e Lagomorfos. “A DIFICULDADE DE CONSEGUIR EXPORTAR PARA PAÍSES TERCEIROS” Quais os principais desafios e constrangimentos que se colocam à indústria da carne em Portugal? O grande constrangimento é a dificuldade em conseguir exportar para países terceiros, pelo facto dos processos seremmuito longos e trabalhosos, envolvendo autoridade competente (AC) tal como a DGAV, a qual não detém pessoal suficiente para tratar, de forma célere, dos dossiers sanitários requeridos pelas AC dos países de destino. Embora detenha pessoal técnico muito profissional, não conseguem dar resposta em tempo pela falta de pessoal face a tantos assuntos que gerem, lamentavelmente. No caso dos matadouros, também é um enorme constrangimento a falta de veterinários da DGAV que permitam os abates nos horários e nos dias que as indústrias precisam. Trata-se não só de garantir médicos veterinários da DGAV em número suficiente para que os nossos associados possam realizar os abates nos horários que precisam, sem se sujeitarem à disponibilidade da DGAV, pois até pagam a taxa de inspeção sanitária (que pode ser de 35 000 €/mês) mas também o de garantir que a DGAV tenha suficientes técnicos superiores para se dedicarem à internacionalização, à discussão dos dossiers sanitários, não só para se abrirem novos mercados, como também para se manterem abertos os que já foram abertos no passado. Sobre esta matéria, realçamos a importância de se abrirem mercados asiáticos, que possam substituir a China, os quais não foram ainda concretizados, nomeadamente, Vietname, Filipinas, Singapura, entre outros. Importa sublinhar a panóplia de legislação e requisitos Realçamos a importância de se abrirem mercados asiáticos, que possam substituir a China, os quais não foram ainda concretizados, nomeadamente, Vietname, Filipinas, Singapura, entre outros

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