BF4 - iAlimentar

CARNE 16 CARNES E AS NOVAS FONTES DE PROTEÍNA A emergência climática, a crise pandémica seguida de uma disrupção das cadeias logísticas e o conflito armado no leste da Europa, coma consequente subida do preço das matérias-primas, são fatores que têm contribuído para uma contínua e crescente pressão sobre os vários setores económicos, incluindo o setor agroalimentar. Estes fatores têm levado a uma crescente necessidade de inovação e reinvenção, sendo que a indústria das carnes está particularmente exposta a esta exigência, por via de fatores adicionais: imposições político-estratégicas, a necessidade de aumentar a resiliência da cadeia limentar e torná-la mais sustentável e exigências de mercado e dos consumidores que são drivers para essas mudanças. Um relatório da Mintel de 20221 relativo às tendências de consumo, indica que, de uma forma geral, o consumidor está comprometido com as suas escolhas, tendo uma maior consciência sobre a forma como se alimenta e o impacto ambiental e na saúde. Deste modo, os produtos terão de estar cada vez mais alinhados com princípios de transparência, rastreabilidade, confiabilidade e progresso mensurável nos compromissos com a saúde, meio ambiente e fatores éticos1. A par disto existem ainda os fatores demográficos, sendo que se prevê uma escassez mundial de proteína de origem animal, devido ao aumento populacional esperado até 2050 (FAO, 2020)2. UMA NOVA ERA PARA O SETOR DAS CARNES? O setor agropecuário, não sendo indiferente a estes vários fatores, tem procurado responder às novas exigências através da inovação e da implementação de ações em direção à neutralidade de carbono. Por outro lado, é já notória a diversificação do portfólio de produtos das empresas coma inclusão de soluções híbridas de proteínas animal e vegetal e/ou 100% de origem vegetal. Do ponto de vista de fontes alternativas de proteínas, várias soluções têm sido desenvolvidas Stephanie Reis, Investigadora, Colab4Food* Nuno Oliveira, Investigador, Colab4Food

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx