SEGURANÇA ALIMENTAR 50 alimentícios, deverão ser mantidos em boas condições e estar efetivamente limpos. Evitar a contaminação cruzada é crucial para fornecer géneros alimentícios seguros aos consumidores. Outro fator muito importante para a prevenção da contaminação dos géneros alimentícios é o cumprimento das regras de higiene pessoal. Todos aqueles que entram em contacto com os géneros alimentícios, são considerados manipuladores de alimentos e contribuem de forma relevante para a segurança dos mesmos. Qualquer pessoa que manipule alimentos pode transmitir doenças a quem os consome, podendo os agentes ser veiculados através dos alimentos ou serem transmitidos por contacto directo (Ex: tosse, espirros). Assim, o manipulador que sofra ou seja portador de doença facilmente transmissível pelos alimentos, deve ficar interdito de os manipular ou de entrar em locais onde se manuseiam alimentos. Estas BPH têm por objetivo prevenir a contaminação/deterioração dos alimentos, e, deste modo, evitar possíveis riscos para a saúde pública. As mãos do Homem são a principal fonte de contaminação dos alimentos e, por forma a evitá-la, é fundamental que os manipuladores possuam formação emmatéria de higiene dos géneros alimentícios adequada para o desempenho das suas funções (obrigatoriedade legal nos termos do Reg. (CE) nº852/2004). A formação torna-se uma ferramenta crucial no conhecimento e aplicação das BPH e por conseguinte, na prevenção da contaminação dos géneros alimentícios. Considerando o tema que a iAlimentar traz à estampa, focar-nos-emos nas carnes e produtos cárneos, produtos lácteos e produtos de 4ª gama. Os produtos cárneos, nas suas muito diversas formas de apresentação, têm grande importância na alimentação humana pois são muito ricos nutricionalmente. Em Portugal no ano de 2019 o consumo de carne apresentou um valor médio per capita de 119 kg. O fabrico de queijo teve inicialmente o objetivo de conservar o leite, mas com o passar do tempo tornou-se um alimento de excelência, muito nutritivo e versátil, existindo hoje em dia centenas de queijos diferentes. Dados da Associação Nacional dos Industriais dos Laticínios referem que o consumo de queijo está muito enraizado nos hábitos alimentares dos portugueses e está presente em praticamente todos os lares nacionais. Segundo a Marktest (dados de 2018), em Portugal, anualmente, 7 milhões e 593 mil indivíduos consomem queijo, o que corresponde a 88,7% dos residentes no Continente com 15 e mais anos. O consumo de vegetais e frutas frescos é essencial numa dieta saudável e equilibrada sendo uma parte fundamental da dieta das pessoas em todo o mundo e o seu consumo tem aumentado nos últimos anos. Dados relativos ao biénio 2015-2016 referem que, emmédia, em Portugal se consomem 153 g de hortícolas e 131 g de fruta por habitante por dia. Em anos recentes os vegetais e frutas frescos têm surgido no mercado com uma nova forma de apresentação – Produtos IV Gama. Esta categoria de vegetais e frutas, após processos de corte, lavagem, secagem são embalados, conservados em cadeia de frio e estão prontos a serem consumidos. Este processamento prolonga a conservação destes produtos frescos e tornamais conveniente o seu consumo. Os produtos de origemanimal para consumo humano têmperigos específicos, dado existiremdoenças animais que se transmitem aos humanos, nomeadamente através do consumo de carne, e de leite. Estas doenças podem apresentar sintomas de ligeiros a graves e nestes casos as consequências podem por em risco a vida humana. A contaminação dos produtos vegetais e frutas frescos ocorre em diversos pontos durante a produção/colheita e processamento e pode ser potenciada pela manipulação e/ou armazenamento deficiente destes produtos.
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