BF6 - iAlimentar

10 DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO Literacia alimentar precisa-se Para Filipa Melo de Vasconcelos, Subinspetora-Geral da ASAE, a instituição tem um papel fundamental na divulgação da informação, que tanta falta faz para que as pessoas possam tomar decisões informadas. Desde saber ler um rótulo ou começar a praticar boas práticas no sentido de evitar o desperdício alimentar. E nada melhor do que começar pelos mais novos. Alexandra Costa Mais de um terço da comida produzida anualmente, a nível mundial, para consumo humano é perdida ou desperdiçada, aproximadamente 2,5 mil milhões de toneladas. Os números são do 'Driven to Waste: Global Food Loss on Farms', da WWF, referentes a 2021. Números que justificam a existência de um Dia Mundial da Alimentação, que se celebrou a 16 de outubro. Este ano, a comemoração incluiu diversas ações, destinadas maioritariamente às crianças, no âmbito do FIC.A - Festival Internacional de Ciência, que teve lugar em Oeiras, de 10 a 16 de outubro. O objetivo foi o de, de uma forma lúdica, transmitir todo um conjunto de conceitos e de informações que permitem que as crianças – assim como as suas famílias – tomem decisões informadas, diga-se, mais saudáveis. A iAlimentar aproveitou para conversar com Filipa Melo de Vasconcelos, SubinspetoraGeral da ASAE, que explicou o porquê de ser cada vez mais importante a comemoração do Dia Mundial da Alimentação, mas, também, todo o papel que a instituição tem no combate ao desperdício alimentar. Nos dias de hoje, quão importante é haver um Dia da Alimentação? É cada vez mais importante termos um Dia da Alimentação, porque cada vez mais a alimentação é um ativo global. E, portanto, nós temos uma população a crescer, mais envelhecida, mais urbanizada e também temos problemas relativos à insuficiência alimentar. Sabemos que temos um terço da população com fome ou padecendo de má nutrição, um terço com problemas de obesidade e um terço de alimentos desperdiçados ao longo da cadeia alimentar. Contudo, existem alimentos para alimentar o mundo inteiro, constatando-se, assim, haver uma má distribuição e acesso aos mesmos, face às respetivas necessidades nutricionais da população e que tal acesso seja a um preço justo. Neste contexto, faz todo o sentido, mudar o shift como produzimos e como podemos melhorar a vida das pessoas se comerem melhor, dando lastro ao mote da FAO deste ano, “não deixar ninguém para trás”, e celebrar o Dia Mundial da Alimentação para que cada vez mais tenhamos as instituições a trabalhar em parceria e em colaboração.

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