13 PÃO E PASTELARIA Ao longo de 2022, “verificou-se um crescimento no consumo de janeiro a outubro”, tanto em produtos de padaria como de pastelaria, “a que não deve ser alheio o bom desempenho do turismo” O Presidente de Direção da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), Luís Gonçalves, começa por recordar que ao longo de 2022, “verificou-se umcrescimento no consumo de janeiro a outubro”, tanto em produtos de padaria como de pastelaria, “a que não deve ser alheio o bom desempenho do turismo”. Por outro lado, “a inflação penalizou a compra de pão e bolos, pois verificou-se uma quebra nas vendas destes produtos tendo sido mais notória no último trimestre do ano”. Segundo o responsável, registou-se ainda uma alteração nos hábitos de consumo, pois verificou-se uma transferência do consumo para produtos mais económicos. “Os clientes procuraram produtos de menores dimensões e, consequentemente, verificou-se uma redução na quantidade consumida. Além disso, o cliente procurou pães mais baratos. O cliente não deixa de comprar produtos de pastelaria mas notou-se uma redução do consumo deste tipo de produtos”, vinca Luís Gonçalves. Em relação à subida de preços das matérias-primas, a mesma “foi refletida no aumento no preço pago pelo consumidor, apenas uma parte dos aumentos de preços de matérias- -primas e energias. O restante foi suportado pelos produtores, com quebra de margens”. Apesar de tudo, garante, “não temos conhecimento de profissionais que tivessem que fechar o seu negócio devido a estes aumentos das matérias-primas”. Já em relação ao preço do pão, nomeadamente em 2023, “muito dependerá da variação dos preços das matérias- -primas e energias”, mas além dos aumentos habituais do início do ano, haverá sempre o impacto do aumento do salário mínimo. n
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