BF8 - iAlimentar

61 INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO M. Carmen Martínez Bisbal, Ramón Martínez Máñez e Elena Aznar. Por parte da Universidade de Valência participa na investigação M. Carmen Martínez Bisbal, professora de físico- -química da Faculdade de Química. O trabalho publicado recentemente na revista ‘Analytica Chimica Acta’ apresenta um novo sistema que permite a deteção rápida de glúten através de um processo de sinalização simples. Tal como afirmam os autores, poderá ser a base para o desenvolvimento de sistemas portáteis, rápidos, sensíveis e de utilização simples para o controlo do glúten nos alimentos. JÁ VALIDADO EM AMOSTRAS REAIS DE COMIDA “O biossensor é composto por uma película de alumina anódica nanoporosa carregada com um corante fluorescente e revestida com um aptâmero (molécula ADN ou ARN) que reconhece especificamente a gliadina, que é a proteína solúvel do glúten”, explica M. Carmen Martínez Bisbal, professora da Universidade de Valência (UV), investigadora do CIBERBBN e do Instituto Interuniversitário de Investigação de Reconhecimento Molecular e Desenvolvimento Tecnológico (IDM UPV-UV) e uma das autoras do trabalho. “Na presença de gliadina, o aptâmero desloca-se da superfície do biossensor dando como resultado a abertura dos poros e a libertação do corante sinalizador”, acrescenta Sara Santiago Felipe, investigadora do Instituto de Investigação Sanitária La Fe, do CIBERBBN e do IDM UPV-UV e também autora do trabalho. O novo sensor foi validado em amostras reais de alimentos, permitindo a deteção do glúten através de um processo simples de sinalização, com um grande potencial para a sua utilização no controlo alimentar. “Constatámos que apresenta um limite de deteção de 100 µg kg-1 de gliadina, boa seletividade e um tempo de deteção de 60 minutos”, explica Luis Pla, primeiro signatário do trabalho e investigador do CIBER-BBN e do IDM UPV-UV. “Os nossos resultados podem ser a base para desenvolver sistemas portáteis, simples, rápidos e sensíveis para a deteção de glúten, que se pode ajustar facilmente através da utilização de diferentes moléculas, permitindo um grande potencial para os testes de alergénios”, conclui o investigador da UPV e diretor científico do CIBERBBN, Ramón Martínez Máñez. n

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