EMBALAGEM ISOTÉRMICA • Embora se espere que a maior parte dos alimentos transportados no contentor venha em embalagens primárias, será necessário garantir que o material cumpre a legislação em vigor para os materiais de cada um dos dois setores-alvo: alimentar e farmacêutico. • Num determinado ponto da cadeia de distribuição, as encomendas serão transportadas e manipuladas pelo distribuidor, pelo que o peso da encomenda deve ser limitado por razões ergonómicas. • A metodologia ou operação de refrigeração aplicada com o novo contentor deve poder ser implementada com a mesma facilidade em todos os centros. Este requisito é importante para uniformizar os serviços/embalagens isotérmicas da empresa e oferecer o mesmo nível de qualidade. • É necessária uma barreira ao vapor de água para evitar trocas de água que possam deteriorar o produto. Além disso, muitos dos materiais utilizados para isolar este tipo de recipiente perdem a sua eficácia ao absorver a humidade. • Possibilidade de integrar acumuladores de frio em bolsas ou compartimentos dentro da embalagem isotérmica para ajudar a manter a temperatura individualmente em cada um deles e não durante o transporte. Com base na experiência da Itene, apresenta-se de seguida uma análise das possíveis alternativas de embalagens isotérmicas existentes no mercado, tendo por base as características técnicas de cada um dos seus componentes/materiais, que determinam a sua funcionalidade. Antes de descrever as embalagens isotérmicas identificadas como representativas nos sectores alvo, é necessário definir os dois componentes que irão constituir o sistema de embalagem isotérmica: • Embalagem isotérmica: impede a troca de temperatura com o exterior, permitindo a manutenção de uma gama de temperaturas durante um período de tempo estimado. • Acumuladores: acessórios que são mantidos a baixas temperaturas e fornecem frio constante à embalagem isotérmica. Existem dois tipos, consoante se pretendam temperaturas de refrigeração positivas (temperaturas até +8 °C) ou temperaturas de congelação negativas (temperaturas até -21 °C). Com base nos requisitos temperatura-tempo e nos requisitos técnicos propostos, foi efetuada uma pesquisa dos tipos de embalagens isotérmicas mais representativas do mercado, com base na qual se procedeu a uma comparação técnica, delineada na seguinte matriz comparativa, que indica, para cada embalagem isotérmica selecionada, a gama de temperaturas de trabalho, os materiais de que é composta e outras vantagens técnicas. Para validar a funcionalidade dos acondicionamentos isotérmicos incluídos na matriz de comparação técnica, propõe-se o seguinte ensaio de monitorização da temperatura no interior do acondicionamento isotérmico ao longo do tempo, nas condições de temperatura e humidade dadas pela câmara climática utilizada no ensaio. Para que seja possível monitorizar a temperatura no interior da embalagem para produtos refrigerados e congelados, tendo em conta o perfil da norma ISTA 7D simulado pela câmara, recomenda-se a realização do seguinte pré-condicionamento antes do ensaio: • Géneros alimentícios ou simuladores: refrigerados a 4 °C e congelados a -18 °C; • Embalagens a 23 °C e 50% de humidade relativa; • Acumuladores, tanto refrigerados como congelados, a -20 °C. Tabela 2: Protocolo de temperaturas do perfil de Verão ISTA 7D. TEMPERATURA PERÍODO DE CICLO PERÍODO DE CICLO EM HORAS TOTAL DE HORAS 22ºC 1 4 4 35ºC 2 6 10 30ºC 3 56 66 35ºC 4 6 72 Figura 2. Colocação das cargas no interior da câmara climática durante a simulação nos laboratórios do Itene. 32
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