52 TECNOLOGIA trifugadoras, têm de ser adaptadas às propriedades de produtos completamente novos, ou completamente reformuladas. Isto aplica-se não só às proteínas de insetos, mas sobretudo à extração de plantas como a soja, o trigo e as ervilhas, bem como de ervas e folhas. OS ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL IMPULSIONAM O CRESCIMENTO DA ENGENHARIA MECÂNICA E ALIMENTAR O empenho dos fabricantes de maquinaria faz sentido, uma vez que o mercado das proteínas alternativas está em forte crescimento. A procura global de proteínas vegetais está atualmente a crescer 9,7% por ano e poderá atingir um volume de 23 400 milhões de dólares até 2028, de acordo com a empresa de estudos de mercado Meticulous Research. Os principais fatores de crescimento são as mudanças nos hábitos alimentares na América do Norte e na Europa (por exemplo, o veganismo), mas também o volume da procura associado ao crescimento da população e ao aumento da prosperidade, por exemplo, na Ásia. Conscientes deste facto, especialistas em tecnologia de separação como a Alfa Laval, Andritz, GEA, Ferrum ou Flottweg já se dedicam ao desenvolvimento de máquinas e processos com os quais se podem extrair e isolar as proteínas das plantas. A secagem e a trituração de proteínas até à obtenção de um pó fino requerem conhecimentos técnicos específicos e máquinas adaptadas que, por um lado, atinjam o grau de trituração necessário e, por outro lado, sejam suaves para o material sensível à temperatura a triturar e, além disso, cumpram normas de higiene rigorosas. Em suma, a transformação das proteínas em pó em alimentos aceites pelos consumidores exige também conhecimentos específicos. Um exemplo é a texturização de substitutos da carne, que são vendidos como granulados secos (TVP) ou como análogos com elevado teor de água (HMMA). Alguns fabricantes de máquinas, incluindo a Andritz, a Bühler e a Coperion, já estão a desenvolver as suas próprias soluções para este fim. Como é frequente no caso da engenharia mecânica, os fabricantes e programadores deparam-se com alguns materiais cujas propriedades representam um verdadeiro desafio. Por este motivo, é inevitável efetuar testes em condições tão aproximadas quanto possível da realidade. Muitas empresas de engenharia e de instalações investem nos seus próprios centros de testes, onde os clientes testam o processamento de matérias- -primas e produtos e determinam os parâmetros do processo (em grande escala). Outra opção é desenvolver processos em conjunto com os fabricantes de maquinaria e, eventualmente, produzi-los em conjunto. Aos engenheiros e técnicos não falta imaginação, nem oportunidades. n
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