BI296 - O Instalador
ENTREVISTA 61 Em primeiro lugar, gostava que me falasse um pouco da política de sustentabilidade do ISCAL e em que iniciativas e projetos tem a instituição trabalhado nesta matéria? Fernando Miguel Seabra - O ISCAL tem desenvolvido um conjunto de ações na área da responsabilidade social, das quais se destacam: subscrição da Carta da Diversidade; cooperação com o GRACE – Empresas Responsáveis, no Projeto Uni.Network; participação na REDE RSO PT; colaboração com a Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE), incluindo a participação na Comissões Técnicas de Responsabilidade Social e de Ética nas Organizações; dinamização dos Objetivos dos Desenvolvimento Sustentável (ODS) enquanto orga- nização aderente da Aliança ODS Portugal, entidade na qual integramos o Board. Recentemente, o ISCAL assinou o 'call to action anticorrupção', iniciativa anti- corrupção da APEE e da Global Compact Network Portugal. Organizamos diversos eventos técnicos e científicos, abertos à comunidade em geral, que visam promover e disseminar a temática da sustentabilidade. Em suma, estamos a percorrer um caminho com pas- sos firmes, que nos permite afirmar a responsabilidade social como um fator transversal a toda a comunidade académica e demais parceiros. Fale-me da importância da bandeira verde com que foram premiados no âmbito da iniciativa Eco- Instituiçãos Programa Eco-Escolas. Como começou, que medidas foram implementadas e que impacto tem para o ISCAL? Fernando Miguel Seabra - Estamos no início de um processo de criação de uma consciência coletiva para uma cidadania ecológica. A bandeira verde representa o seu começo. Com esta iniciativa, tencionamos traçar uma aprendizagem para sermos uma Eco-Instituição, mais 'verde' e mais sustentável. O desafio em aderir a esta iniciativa da ABAE surgiu, de certa forma, por pertencermos a um conjunto de Instituições que estão a abraçar a causa. Em boa hora, acedemos contribuir para esta estratégia coletiva, em que temos a opor- tunidade de beneficiar de um ambiente colaborativo muito proveitoso, no âmbito do grupo de instituições do Instituto Politécnico de Lisboa. A par disto, esta- mos em contínuo trabalho para angariar parceiros externos (nacionais e internacionais) que nos possam enriquecer, com o seu conhecimento e experiências, ajudando-nos a concretizar ações. Esperamos que, a médio prazo, os impactos sejam não só ao nível das condições ambientais e de sustentabilidade da instituição mas, sobretudo, para a consolidação de uma cultura ecológica e de responsabilidade social e ambiental. Como foi o envolvimento de toda a comunidade académica nesta estratégia? Margarida Piteira - Há um conjunto de pessoas, bem identificado, que se está a mobilizar neste sentido, funcionando como drivers de influência na nossa comunidade - os membros do Conselho Eco Escolas ISCAL e, sublinhe-se, que no grupo de alunos encon- tramos alguns dos conselheiros mais pró-ativos para a causa ambiental. O destaque ao papel dos alunos é essencial, dado que a adesão ao programa eco-esco- las pressupõe uma ampla participação dos mesmos. A nível do edifício, que mais-valias e/ou necessi- dades de adaptação foram necessárias? Margarida Piteira - A questão do edifício é, para nós, um dos principais desafios, uma vez que este não foi concebido para albergar uma instituição de ensino. Somos muitos em pouco espaço. Findámos o ano passado a identificação dos problemas relacionados com a eficiência energética, o consumo de água e a gestão de resíduos. Futuramente, o objetivo será trabalhar ações que otimizem a intervenção nestas áreas. Começámos agora, havendo muito trabalho para fazer. Não obstante termos um projeto que passa pela mitigação dos problemas enumerados, continuamos a pressionar a tutela para que possamos, finalmente, ter umas instalações que nos permitam melhorar as condições de estudo, de trabalho e fomentar o bem- -estar de toda a comunidade académica. A pandemia foi um fator que, decerto, não ajudou. Como a contornaram nas ações? Margarida Piteira - Os consumos de água e de ener- gia reduziram, bem como os resíduos, infelizmente, pela situação pandémica. Algumas das ações foram desenvolvidas, tendo em conta o cenário doméstico "A QUESTÃO DO EDIFÍCIO É, PARA NÓS, UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS"
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