BI304 - O Instalador

75 DOURO VINHATEIRO | EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS “Falar de sustentabilidade, implica pensar um território, consoante a sua dimensão cultural, social, económica e ambiental. Essa sustentabilidade está a ser posta em causa, no caso da Região Demarcada do Douro, pelos problemas relacionados com o envelhecimento da população e pela desertificação", alertou. De forma a combater esta tendência, "importa estabelecer a fixação e atração dos jovens para estas regiões, através da criação de projetos e fixação da riqueza". E para alcançar este objetivo, vincou, "é essencial pensar o Douro como um todo, tendo em conta o seu vasto e riquíssimo património paisagístico e cultural, a qualidade inegável do setor vitivinícola, a importância das instituições de Ensino Superior, inovação e tecnologia no território, mas também as cadeias de valor, provenientes da mobilidade transfronteiriça e da cobertura digital do próprio território". Gilberto Igrejas não tem dúvidas, "o Douro, enquanto fator turístico, deve dispor de uma cobertura digital adequada às necessidades atuais", de forma a que se torne um atrativo para a fixação dos jovens e para incentivar a implementação e instalação de novos empresários. O Presidente do IVDP lembrou igualmente o evento pioneiro que levou recentemente à criação de um documento pela sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, "um Pacto em que o poder político, através de 33 instituições, lideradas pelo IVDP, a vários níveis da sua atuação, se comprometeram a apoiar o tecido produtivo, na implementação de políticas adequadas ao aumento da sustentabilidade ambiental, cultural, social e económica, privilegiando a Biodiversidade no espaço em que as singularidades vitivinícolas confluem para que delas continue a brotar a excelência dos nossos vinhos". “A IDENTIDADE DO TERRITÓRIO É ESSENCIAL” Helena Teles, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), abordou o tema dos sistemas gestão e demonitorização do Alto Douro Vinhateiro, dando conta inicialmente do enquadramento territorial da região, lembrando que o Alto Douro Vinhateiro tem uma área classificada de 24.600 hectares, sendo que a Zona Especial de Proteção conta com 250 mil hectares. "A identidade do território é essencial, com caraterísticas que têmde ser tidas em conta, entre elas, o património tangível e intangível, os fatores históricos, as caraterísticas biofísicas, as dinâmicas socio-económicas e o património natural e cultural", relembrou. -António Sousa Pinto abordouo temada 'Vinha e a Transformação da Paisagem Duriense' e destacou os vários tipos de vinha, os seus declives, os muros, os casebres agrícolas e a questão da drenagem. Lembrou a importância do saber dos antepassados da região bemcomo o conhecimento passado de geração em geração. "Eu faço parte da terceira geração de viticultores. É importante aprender com os mais velhos e não esquecer que as suas experiências são essenciais. E é isso que tento também passar aos mais novos", garante. CONTROLO DE TEMPERATURA, ADEGAS E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA O segundomomento de apresentações contou como arquiteto António Belém Lima, que abordou o tema 'Projetos de Arquitetura de Adegas' e com Paulo Sousa, que falou sobre 'Controlo da Temperatura no Processo Produtivo e Adegas - Eficiência Energética dos Sistemas', seguindo-se um debate moderado por Jorge Carvalho, da Eurofred Portugal. Helena Teles, da CCDR-N, durante a sua apresentação. “A primeira coisa que um arquiteto necessita é de uma ideia que leve o projeto até ao fim”, realçou o arquiteto Belém Lima.

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