63 RENOVÁVEIS | AUTOCONSUMO necessária para funcionamento da Bomba de Calor seja obtida através do Sistema Fotovoltaico. Apesar de as tecnologias de aquecimento de água por bomba de calor, a energia solar fotovoltaica em regime de autoconsumo ou a iluminação de espaços interiores por LED, estejam já bastante divulgadas, não se tem assistido a uma grande disseminação, especialmente no caso das Bombas de Calor combinadas com Solar Fotovoltaico, sendo, geralmente, os projetos dimensionados para a substituição integral dos sistemas de caldeiras, conduzindo a valores de investimento incomportáveis, ou a dificuldades técnicas na sua integração em sistemas existentes. Existemdois tipos de cenários preponderantes nas instalações em que se pretende intervir, por um lado, instalações com caldeiras e que já possuem um sistema complementar de energia renovável do tipo ‘Solar Térmico’ e por outro, instalações que possuem somente um modo de produção de água quente, como a utilização de caldeiras a gás. Em ambos os cenários a existência de caldeiras é um equipamento comum. Sendo equipamentos relativamente económicos na sua aquisição e de operação e manutenção simples, as caldeiras debitam uma potência térmica elevada, necessária para garantir uma produção rápida e abundante de água a temperaturas elevadas, sendo este um dos motivos pelo qual não será possível abandonar por completo a sua utilização sem incorrer em custos irrecuperáveis no dimensionamento de soluções alternativas. Face aos cenários identificados, surge o dilema de, ao mesmo tempo, se ter de assegurar uma qualidade de serviço mínima e em segurança e, por outro lado, encontrar-se formas de reduzir os custos associados à exploração das infraestruturas. Esta medida surge no sentido de ajudar a implementar sistemas tipo e replicáveis para integração destas tecnologias, sem que exista receio de implementar uma solução nova e ainda pouco disseminada. Sendo inovadora, dificilmente surgirá associada a novos projetos ou soluções de melhoria propostas em contexto de auditorias ou intervenções de reparação ou melhoria. Com a implementação desta medida, os benefícios a obter são extensos, permitindo-nos destacar os tangíveis, como por exemplo, uma poupança de energia final de cerca de 3.654.073 kWh/ano, que correspondem a um valor de cerca de 402.827€/ano para um investimento inicial de cerca de 699.453€. Tendo em conta os potenciais beneficiários e os benefícios expectáveis, esta medida tem uma relevância inquestionável, quer em termos de melhoria da eficiência energética, redução de consumo de energia, aumento do autoconsumo renovável, quer em termos económicos, associados à redução da fatura energética cada vez mais difícil de suportar. n
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