48 DOSSIER EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS Eficiência energética? É necessária uma abordagem integrada Conciliar conforto térmico com edifícios sustentáveis implica, por um lado, investir em medidas ativas (janelas, equipamentos de climatização/ aquecimento, e iluminação eficientes), mas, também, em medidas passivas (menos frequentes). Para conseguir atingir as metas definidas pela Comissão Europeia é preciso que todo o setor se envolva, numa abordagem abrangente (e integrada) à problemática. Alexandra Costa Poupar energia. Esse é omote de todos. E não apenas pelo preço (crescente) da eletricidade, mas, e também, porque uma das prioridades da Comissão Europeia é precisamente o aumentar a eficiência energética dos edifícios. E é fácil perceber o porquê desta preocupação se tivermos em conta que o edificado é responsável por cerca de 40% do consumo de energia, seja para aquecer ou arrefecer as habitações. “Eficiência energética nos edifícios significa poupança energética, porque com habitação com melhor isolamento significa menos gasto de energia e esta é a ideia de eficiência energética”, aponta Islene Façanha, project officer da ZERO, que acrescenta que, de forma resumida, a eficiência energética seria ter o mesmo output de serviço energético commenos energia possível. Ou seja, não se trata apenas de reduzir o consumo ou mesmo reduzir o nosso conforto e necessidades, mas sim de “sim acomodar as mesmas necessidades com menor entrada/input e de consumo de energia final”. Há que ter em conta que muito do consumo do edificado passa pelo arrefecimento e/ou aquecimento dos espaços. Numa situação ideal isso significa pensar na problemática desde o início do projeto e iniciar medidas que atenuem o consumo. Isso vai desde o próprio planeamento do projeto até à escolha dos materiais de construção escolhidos. O recurso a um bom isolamento é meio caminho andado para se poupar na energia utilizada. Sem esquecer, aponta a ambientalista da Zero, o ciclo de vida do carbono dos materiais. “Ter atenção a todos os detalhes e pontos importantes e ter realmente uma construção sustentável, eficiente energeticamente que trará muitos benefícios, como: redução da poluição atmosférica e das emissões de CO2, menos gastos do governo com a saúde, maior conforto e bem-estar, melhoria do orçamento das famílias e da atividade económica”, refere Islene Façanha. E se no caso do edificado novo isso já está, à partida, assegurado, mesmo porque há toda uma regulação a cumprir, o mesmo não se pode dizer do
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