RENOVÁVEIS 79 No ciclo de vida dos aerogeradores (mais de 20 anos e/ou 120.000 horas), é necessária comum intervalo de tempo mais ou menos espaçado, realizar intervenções que promovem o bom funcionamento e o prolongamento da vida útil de todos os equipamentos. A INSPEÇÃO E VERIFICAÇÃO No desempenho deste como em qualquer instalação ou processo industrial, em operação contínua é essencial para a eficiência de operação o estado de funcionamento do conjunto tecnológico prevenir avarias maiores e garantir o funcionamento eficiente e em segurança do equipamento aferir e detetar sinais no “ just in time”, ou seja, informação mais fidedigna sobre a possibilidade de defeitos e degradações inesperados. Estes sinais (“upgrade de performance”) depois de trabalhados podem antecipar futuras falhas, mecânicas ou elétricas e prever avarias mais graves que possam ocorrer em outros componentes. Com “rotinas de verificação” (inspeções) comou sempequenas reparações, realizam-se num intervalo de tempo (por exemplo trimestral), até que as grandes operações, também chamadas, paragens de manutenção programadas ocorram. Podem ser visuais por procura de indícios amomá-los, fugas de óleo, deteção sons e cheiros anormais, que um técnico experiente tem capacidade de identificar. São necessárias rotinas de inspeção mecânica principalmente nos equipamentos e máquinas do aerogerador, circuitos, proteções, apertos, comandos elétricos e aquecimento de cabos elétricos, nos componentes dos aerogeradores e secundariamente a limpeza das pás, lubrificação de peças, substituição de óleos, revisão geral do gerador e estado de outros componentes. As inspeções realizadas por pessoas, envolve trabalhos em altura, em ambientes agrestes, acessibilidades difíceis, exposição a elementos (peças) em movimento, ruído, produtos químicos corrosivos, etc. e disponibilidade da instalação durante o período, o que pode significar inatividade. A obtenção de informação de diagnóstico de anomalias pode se feita por métodos invasivos que podem ser técnicas destrutivas – testes de vida útil que identificam fatores como o desgaste, desempenho e medição de condições estruturais dos elementos testados. São algumas dessas técnicas a análise de óleo e vibração, medição de temperatura e tensão, efeitos elétricos, condição física dos materiais ou técnicas não destrutivas – verifica-se sem deixar vestígios, descontinuidades e falhas que podem aparecer que venham a comprometer um item, essas técnicas podem ser, testes ultrassónicos, inspeção radiográfica e visual, termografia, emissão acústica entre outras. Com as técnicas de diagnostico de anomalias não invasivas, analisam-se velocidades, falhas de ligação, leituras de monitorização (comparadas com as prescrições do fabricante), sinal de potencia (pode variar em função de turbulências do vento), sensores, como os anemómetros e termopares. Modernamente com o auxilio de drones, fazendo a digitalização do processo de inspeção, monitorizam regularmente a integridade da infraestrutura que processa e transmite em tempo real, os mapeamentos digitais traçados. São equipamentos ágeis, precisos e económicos para obtenção de dados e tomada de decisões, realizam trabalhos em ambientes perigosos e evitam que os trabalhadores tenham que subir às instalações para fazer as tarefas em altura. A MANUTENÇÃO A manutenção (NP EN 13306:2007), “é a combinação de todas as ações técnicas, administrativas e de gestão, durante o ciclo de vida de um bem, destinadas a mantê-lo ou a repô-lo num estado em que possa desempenhar a função requerida.” Por combinação aplicada e planificada das áreas de gestão, técnica e económica, otimizam-se os ciclos de vida, reparando e substituindo de peças como travões, amortecedores, óleos das caixas de velocidade, sistemas de orientações das pás, e outros sistemas integrados, que o movimento, oxidação ou perda de funções deteriora e desgasta, visandomanter ou a restabelecer o funcionamento e a segurança do equipamento, tudo naturalmente ao menor custo. No entanto, mesmo na mais perfeita organização e planificação duma manutenção, há que contar e prever que possíveis avarias imprevistas, são possíveis tanto pela dificuldade de controlar e detetar uma deficiência não aparente, como por erros do pessoal, falta de preparação, negligencia, etc.
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