50 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APEGAC cria Prémio Condomínio Verde Iniciativa pretende sensibilizar as pessoas para a necessidade de investir na manutenção dos edifícios, tendo em vista o seu ganho energético, qualidade de vida e redução de custos. Alexandra Costa Foi apresentada, durante a X Semana da Reabilitação Urbana – evento que decorreu na LX Factory, em Lisboa – a mais recente iniciativa da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC): o Prémio Condomínio Verde. Vítor Amaral, presidente da associação, começou por lembrar que, em Portugal, existem mais de 600 mil edifícios em propriedade horizontal, sendo que a sua maioria foram construídos nas décadas 70 a 90. Segundo o executivo, trata-se de edifícios sem qualquer preocupação de redução de impacto no meio ambiente. É certo, acrescenta, que há 20 anos não existia a preocupação que há hoje com o meio ambiente, com a redução dos consumos de energia, com a pegada ecológica ou mesmo com a aplicação de materiais e equipamentos que contribuam para a redução do impacto carbónico. Este é o cenário real do edificado português. E que leva a APEGAC a considerar que os edifícios mais antigos não estão preparados para proporcionar melhor qualidade de vida aos seus condóminos. E por várias razões, nomeadamente em termos de qualidade térmica, inexistência de qualidade acústica e ainda uma total ausência de materiais de construção ecologicamente limpos. No entanto, esta é uma situação que pode ser alterada. E é aí que entra o Prémio Condomínio Verde. Pretende-se “sensibilizar a população – diga-se os condóminos – para a necessidade de investir na manutenção dos edifícios, tendo em vista o seu ganho energético, qualidade de vida e redução de custos”. Na primeira edição, e tendo em conta, como referiu Vítor Amaral, que o prémio é anunciado já com o ano em andamento, excecionalmente incluirá candidaturas de projetos de 2022 e 2023. A partir, a ideia é que o prémio apenas aborde projetos do ano anterior. Há uma outra particularidade. O prémio não inclui nenhumvalor monetário e só será atribuído com a implementação do projeto. Ou seja, é possível candidatar-se um projeto que ainda não foi implementado. No entanto, se por algummotivo, este não for implementado o Prémio não será concedido (ou será retirado). Na prática significa que o prémio irá distinguir o condomínio que realize a melhor ação ou projeto de interesse e valorização nas áreas de gestão ambiental. No futuro a ideia é criar um ranking nacional de condomínios verdes. As candidaturas podem ser apresentadas até dezembro deste ano, estando a entrega do Prémio prevista para março de 2024. n
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