22 AVAC Bombas de calor: um aliado da descarbonização As bombas de calor terão um papel determinante não só na ajuda à descarbonização, mas, também, no alcançar das metas de eficiência energética dos edifícios. Mas ainda há muitos desafios a vencer. Algumas das conclusões da tarde técnica organizada pela EFRIARC. Alexandra Costa A EFRIARC - Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado – organizou, recentemente, em Lisboa, uma tarde técnica dedicada ao tema “Bombas de Calor (ar/água e água/água) - Tipologias e Aplicações". Em causa as metas definidas pela Comissão Europeia para a redução da tonelada de CO2 (-79% até 2030) e a proibição gradual dos gases de refrigeração. José Sardinha, daDaikin, lembrou que 36% de todas as emissões de CO2 na União Europeia proveem do parque imobiliário europeu, sendo que 50% do consumo de energia da EU é utilizado em aquecimento e arrefecimento, 80% dos quais em edifícios. Dai ser tão importante, por um lado, aumentar a eficiência das soluções atuais e, simultaneamente, desenvolver soluções alternativas. Quanto a isto o executivo acredita que há umenorme potencial de descarbonização no setor da climatização e AQS. A convicção tempor base os números domercado. Se no ano passado omercado das bombas de calor Ar/Água na Europa fixou-se nas 1,5 milhões unidades instaladas, a previsão é que esse número aumente para as 10 milhões em 2030. José Sardinha revelou ainda que entre 2020 e 2022 1 emcada 3 instalações de aquecimento escolheram bombas de calor. Quanto ao futuro, entre 2026 e 2030, as previsões indicamque omercado total de aquecimento crescerá para 14 milhões de unidades até 2030, devido ao aumento da taxa de substituição. Por outro lado, o executivo da Daikin acredita que as bombas de calor serão a solução padrão e os principais sistemas de aquecimento instalados a partir de 2029. No caso específico da Daikin a empresa criou uma solução em que as bombas de calor funcionam num círculo de água. Trata-se de uma solução pensada para edifícios em altura em que há toda uma série de constrangimentos. Neste caso o anel de água central distribui calor a baixa temperatura no edifício. Quanto à bomba de calor ar/ água reversível mantém o anel primário com temperaturas entre os 10 e os 30 graus Celsius. Um sistema (Daikin Altherma 3 WS) que não só assegura aquecimento para cada apartamento como permite a ligação a qualquer tipo de emissor Daikin. Qual a vantagem? Segundo a empresa, em comparação com as elevadas perdas de distribuição que ocorrem em sistemas de aquecimento tradicionais – que promovem edifícios sobreaquecidos e o desperdício de energia – o anel primário de baixa temperatura significa que as perdas de calor serão reduzidas em mais de 90%. “É uma solução muito mais económica, que reduz a pegada de carbono de todo o edifício”, constata José Sardinha. “O futuro está na água”, afirmou Miguel Cavique, da CEST, que apontou que o futuro do setor assenta, antes de mais, na criação de redes intermutáveis. Mas, a par disso, acrescenta, no procurar de soluções eficientes, que permitamsaturar os serviços de energia com baixo consumo; no permitir a interligação de
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