BI319 - O Instalador

38 DOSSIER FORMAÇÃO Formação: uma necessidade urgente Sustentabilidade, eficiência energética e digitalização. São termos cada vez mais associados à formação no âmbito de atuação da AIPOR - Associação dos Instaladores de Portugal: a saber, as especialidades reconhecidas como Instalações Técnicas Especiais, nas áreas da eletricidade, mecânica e eletromecânica. Celeste Campinho, Presidente da Direção da AIPOR As exigências do mercado, as metas climáticas cada vezmais prementes e o avanço tecnológico ditam adaptações naturais ao progresso e é essencial que a formação dos profissionais acompanhe esta célere mudança. Na AIPOR consideramos que atualmente se verif ica uma enorme necessidade de formação, sendo urgente uma aposta robusta, contemplando a capacitação das pessoas, com conteúdos ajustados às necessidades dos formandos e com o foco na entrada imediata destes profissionais nas empresas e no mercado de trabalho. No caso do setor AVAC-R, tema deste dossier da edição de julho da Revista O Instalador, é essencial o desenvolvimento da capacidade técnica, devendo a formação ser adaptada às especificidades das funções e da área de atuação dos técnicos, seja instalação, manutenção, diagnóstico e/ ou reparação. Importante também deverá ser (e assim esperamos) o contributo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a Formação e que, de acordo com dados do Governo de março deste ano, conta com 1500 milhões de euros só para esta área. Mas não menos importante é, em nosso entender, o apoio direto às empresas instaladoras, que, tantas vezes esquecidas da equação, têm de suportar custos elevados sem quaisquer ajudas estatais ou europeias para cumprirem com a obrigatoriedade das horas de formação (e não só!) para os seus colaboradores, promovendo assim novas ferramentas e atualização de conhecimentos. Tudo isto, não temos dúvidas, é decisivo para atrair e reter talentos. ENSINO PROFISSIONAL Outro ponto que a AIPOR entende como fundamental é o Ensino Técnico Profissional. Dados de janeiro de 2023, publicados no ‘Guia sobre o Ensino Profissional’, da Fundação José Neves, indicam que Portugal está entre os dez países da União Europeia com menor percentagem de alunos do secundário a frequentar o ensino profissional. No ano letivo 2020/2021, 37% dos alunos portugueses completaram o ensino profissional. Um valor que fica muito aquém da média europeia (49%). Se dúvidas houvesse, estes números demonstram a importância de se apostar neste Ensino, tendo em conta que acarreta várias vantagens, nomeadamente os elevados níveis de empregabilidade. A juntar a tudo isto, recordamos a importância de reforçar os CTeSP – Cursos Técnicos Superiores Profissionais, criados em 2014/2015. Estes cursos, com duração de dois anos, são uma oferta formativa ministrada pelo Ensino Superior Politécnico, com uma componente prática que inclui um período de trabalho em contexto de empresa. Na nossa opinião, conferem um outro tipo de aprendizagem, também ela importante. Pouco ouvimos falar

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