BI320 - O Instalador

ENTREVISTA 68 Como tem sido a evolução do negócio nos últimos três anos? A evolução do negócio nos últimos três anos foi surpreendentemente positiva no que diz respeito ao volume de vendas. Muito inflacionado pelo aumento de preços teve crescimentos anuais a ultrapassarem os 30%. Crescemos nos últimos três anos cerca de 76%. Quais as áreas que se destacam atualmente? Ar condicionado, bombas de calor para climatização e produção de AQS e energias renováveis, quer o solar térmico, quer o solar fotovoltaico, este último com particular destaque e crescimento. De que forma as metas definidas pela Comissão Europeia, no que concerne à eficiência energética e diminuição da pegada de carbono, está a transformar a indústria da climatização? Diria que de uma forma radical. A pandemia, a retenção das pessoas em casa e o teletrabalho, vieram por um ponto final quanto à discussão da necessidade de climatizar as habitações. Todas estas questões acabaram por despertar uma consciência generalizada para o recurso a sistemas de climatização mais eficientes, menos consumidores de energia por um lado e que utilizem energias mais limpas e menos poluentes por outro. Além disso, as metas da Comissão Europeia, em conjunto com o PNEC 2030, que pretende que Portugal até lá emita entre -45% a -55% de CO2 e utilize 47% de energias renováveis, têm promovido a transição para o uso de sistemas de aquecimento e arrefecimento baseados em fontes de energia renovável, como a energia solar, energia geotérmica e a biomassa. A indústria tem se vindo a adaptar e oferecendo cada vez mais opções de sistemas de climatização que utilizam essas fontes de energia limpa, reduzindo assim a dependência dos combustíveis fósseis. Todas estas alterações e metas em relação à eficiência energética e à diminuição da pegada de carbono têm vindo a impulsionar transformações na indústria da climatização, que será progressiva e irreversível. Estas mudanças são fundamentais para enfrentar os desafios das alterações climáticas e promover uma indústria mais sustentável. Não fosse a lentidão das nossas entidades públicas poderíamos estar mais avançados, mas, à semelhança de tantas outras coisas, iremos a “reboque” e a um ritmo tradicionalmente mais lento que outros países europeus. Preocupados com esta transição e em transmitir estas transformações aos nossos clientes realizamos, em maio, uma convenção com o Tema “CLIMATIZAÇÃO E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA” onde demos particular enfoque a todas estas

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