33 AVAC nós é um primeiro ensaio, como portugueses, estar aqui a exibir a marca France Air. É um desafio. Saber se, a partir de uma base em Lisboa e no Porto, conseguir fazer o inverso que os espanhóis fazem connosco. E, na pratica, aplicar a nossa forma de ver os edifícios, que é diferente, e a ver como é recebida em Espanha. Nós temos uma atitude mais de projeto e de soluções e Espanha opta mais pela distribuição, troca, preço. A verdade é que o mercado espanhol está a mudar. Neste momento, por exemplo, estão a criar a figura do gestor de projeto e a organizar as várias entidades. Pedro Ribeiro, diretor-geral adjunto da France Air Portugal, revelou que o mercado está a crescer na dimensão da recuperação das bombas de calor. A que se juntam questões como a eficiência energética, o conforto, etc. Com os gabinetes de projeto a terem, cada vez mais, um papel importante. Face a isto o responsável pela France Air Portugal considera que, nos próximos tempos, o mercado europeu vai ser “bombástico”. Quanto a Portugal “falta-nos escala”, que nos daria alavanca e concentração. “Quem não conseguir crescer vai estar em dificuldade nos próximos cinco anos”, anteviu, acrescentando que, como o mercado português é pequeno, “o que temos de bom pode- -se perder”, sendo que a France Air está a tentar lutar contra essa possibilidade. Quanto à participação na feira, a avaliação feita por Pedro Ribeiro não poderia ser mais positiva. O executivo lembrou que a empresa esteve presente, diretamente, no mercado espanhol durante três anos na década de 80 e que não conseguiu ter sucesso. Pedro Ribeiro apontou que, durante a primeira participação da empresa como expositor, recebeu espanhóis que se lembravam da France Air dessa altura. E o que se verificou foi que há pessoas que se relacionam com a marca. Sabendo que Espanha é um mercado com uma vertente nacionalista muito vincada, a France Air aproveitou a presença na C&R para testar qual das suas marcas poderá ter mais sucesso no mercado espanhol. O executivo refletiu ainda sobre os desafios que os fabricantes enfrentam, nomeadamente no mercado europeu, em que há uma pressão muito grande para a reabilitação do edificado, a par de um outro problema: a falta de espaço para novas construções. Isso está a levar à procura de soluções mais eficientes e compactas. O certo é que o sucesso verificado indicia o regresso da France Air Portugal para uma próxima edição. Pedro Ribeiro assinalou a formação da equipa, nomeadamente ao nível do conhecimento do espanhol, o que prova o investimento da empresa. “Se não voltarmos cá é mau sinal”, afirmou. GEOTERME EDIFÍCIOS INTELIGENTES Presente na feira, como expositor, pela primeira vez, Pedro Prazeres, diretor técnico na Geoterme Edifícios Inteligentes, revelou, em jeito de avaliação, “que para os objetivos definidos correu muito bem”. O executivo lembrou que a Geoterme foi a única empresa de gestão técnica presente na feira e que os visitantes que obtiveram, nomeadamente oriundos do mercado português, corresponderam às expetativas. A equipa da France Air Portugal.
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