TÉCNICA 89 Enquanto processo dinâmico a avaliação de riscos profissionais é dirigida a estimar a dimensão do risco para a saúde e a segurança no local de trabalho, decorrente das circunstâncias em que o perigo pode ocorrer, extraindo-se a informação necessária para adotar medidas preventivas que minimizem a ocorrência de incidentes. A metodologia de avaliação de riscos deve ser harmonizada e disponibilizada no Plano de Segurança e Saúde de projeto e incluirá a avaliação que a equipa projetista, assessorada pelo Coordenador de segurança em Projeto, faz do risco na fase de projeto e servirá de referência na identificação de perigos, avaliação e controlo de riscos a desenvolver pela Entidade Executante antes e durante a empreitada. Se outra metodologia for a opção da EE, esta deverá ser submetida à validação da Coordenação de Segurança em Obra que apreciará a sua compatibilidade com a preconizada em projeto e as características da obra, carecendo sempre da aprovação do Dono da Obra. ETAPAS /OPERAÇÕES DE OBRA I. Trabalhos prévios de arranque de obra / localização / estaleiro Genericamente estes trabalhos consubstanciam-se nas atividades preparatórias do local, construção do estaleiro, layout de segregação dos espaços, desmatação do terreno, movimento de terras para nivelamento das diferentes plataformas morfológicas de implantação do projeto, acessibilidades, infraestruturas de apoio, tais como energia elétrica, telecomunicações, abastecimento de água, abertura e fecho de valas, ligações à terra diferenciais, geradores, prefabricados, edificações e outros trabalhos de construção civil necessárias ao funcionamento da obra e do parque fotovoltaico. Neste aspeto trata-se de uma obra similar a uma qualquer construção tradicional com maior ou menor grau de complexidade. II. A montagem e ligação de painéis fotovoltaicos Esta subespecialidade ou fase de obra incluirá os elementos construção do parque definido no projeto de construção, tais como: • Fundações; • Execução de base para receber a estrutura metálica; • Montagem da estrutura de suporte; • Fixação de painéis à estrutura de suporte; • Ligação ao inversor elétrico. • Etc. A fundação da estrutura de suporte aos painéis será feita por perfuração do solo a uma profundidade suficiente para garantir a estabilidade e resistência adequadas. O estudo geotécnico do terreno e os ensaios de tração e impulso laterais determinarão a profundidade necessária. Estas sondagens serão realizadas em toda a extensão de terreno do parque para avaliar as características do terreno a variabilidade de implantação. Vento, topografia acidentada e características do solo são fatores considerados. Previamente será executada no terreno uma estrutura de suporte para os painéis, a qual inclui normalmente uma sapata em betão armado onde será acoplada uma estrutura perfilar que receberá os painéis. As estruturas de suporte a painéis fotovoltaicos diferem de projeto para projeto e a tecnologia da estrutura é uma dessas variáveis, por exemplo, podem considerar-se três tipos estruturais para parques fotovoltaicos: o fixo, o de rotação relativa a um eixo e o de rotação relativa a dois eixos. Esta estrutura de perfis de aço laminados de apoio poderá ser prefabricada em oficina, segundo cálculos dimensionais para o tipo de painéis que vão receber e as ações a que estes estarão sujeitos. A fixação dos painéis será feita por aparafusamento e porcas. Os perfis mais utilizados são de seção transversal em C, Z e Ω, sendo o perfil C usualmente utilizado nos postes e vigas e o perfil Z e Ω nas madres. A movimentação dos painéis para o local de fixação, principalmente a partir do solo por meio de equipamentos mecânicos e o seu ajustamento por movimentação manual, respeitando as normas de segurança, são fatores importantes a abordar no contexto especifico da movimentação manual e mecânica de cargas.
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