BI324 - O Instalador

ENTREVISTA 33 Que avaliação faz do setor da climatização em Portugal? Como evoluiu nos últimos anos? Sem dúvida que houve uma enorme evolução. Hoje, o setor da climatização, apresenta cada vez mais uma maior relevância ao nível social, sobretudo pelo foco na eficiência energética, sustentabilidade e qualidade do ar interior, que hoje são temas centrais e sensíveis a qualquer cidadão. Toda esta nova sensibilização obrigou o mercado e as empresas a uma evolução em alta velocidade, principalmente nos últimos 10 anos. A France Air Portugal orgulha-se de fazer parte deste caminho. Introduzimos várias soluções inovadoras, algumas talvez antes do tempo, mas que o tempo veio mostrar que estávamos no caminho certo. 2023 foi um ano de novidades para France Air Portugal, estando pela primeira vez, quer na Tektónica, quer na C&R. Que avaliação faz da presença nestas duas feiras? É algo a repetir? A nossa participação nestes eventos resultou numa experiência muito positiva e que se repetirá, no caso da Tektónica, já neste ano de 2024, com mais um stand com muitas novidades, pautado pela inovação e pelas tendências que irão reger o mercado no futuro. Ainda neste âmbito, iremos expandir a nossa presença ao norte do país, através do certame Concreta, já mais para o final do ano. Qual a preferência dos portugueses no que concerne a equipamentos de climatização? Houve (ou prevê- -se) alterações nessa preferência? Em Portugal, pela nossa realidade económica, existe uma grande preocupação ao nível do custo em todas as suas fases, investimento inicial, operação, manutenção e durabilidade / fiabilidade, pelo que as preferências dependem muito da realidade económica de cada português. Contudo, existe uma aceitação extraordinária da inovação em Portugal a vários níveis e no setor da climatização não é exceção. Por exemplo em 2016, com a entrada em vigor do ECODESIGN na ventilação, a aceitação dos novos ventiladores de acoplamento direto com motores EC foi massiva, enquanto por exemplo em França deixarem de ter ventiladores de correias foi um pesadelo que durou até 2018, sendo este apenas um exemplo em muitos outros. De que forma está dividido o negócio da France Air em Portugal? Quer em termos de produtos como de setores? Há perspetivas de crescimento acentuado para algum deles? O negócio central da France Air Portugal é a comercialização dos nossos equipamentos e serviços associados aos mesmos. Historicamente o nosso core business é composto pelas famílias de Difusão, Proteção de Incêndios e Ventilação, sendo que nos últimos anos as famílias de Tratamento de Ar e Recuperação de Energia tem tido um papel predominante nos nossos resultados. Neste momento e face às novas sinergias do grupo Airvance, existe uma aposta estratégica nos mercados emergentes das bombas de calor, quer ao nível doméstico quer ao nível do terciário e indústria. O exemplo disso foi a expansão da gama de chillers e bombas de calor Arcoa no início de 2022 e no final desse mesmo ano, o lançamento da gama de bombas de calor R-Aqua® para o setor doméstico, ambas as famílias com uma adesão muito interessante até ao momento e com fortes perspetivas de crescimento. Uma das metas da Comissão Europeia reside no aumento da eficiência energética dos edifícios. Qual o impacto desta medida no setor da climatização? E na France Air Portugal? As metas têm servido de motor ao desenvolvimento do mercado, obrigando a adaptação dos fabricantes, projetistas e instaladores, não só no campo da climatização, mas na construção em geral. Mas o verdadeiro desafio hoje não se cinge apenas em atingir as eficiências pretendidas, é necessário garantir as eficiências de forma mais económica e sustentável possível, para estarmos no mercado. Nesse sentido tem sido feito um grande trabalho na France Air Portugal e ao nível do grupo Airvance, sendo necessário encontrar a melhor relação nestas três vertentes para cada um dos nossos 540 produtos. Desafiador, mas extremante estimulante, pelo que este caminho já faz parte do ADN da France Air Portugal há muitos anos. As novas regras da Comissão Europeia, a par da crescente aposta na reabilitação dos edifícios, está a colocar novos desafios aos fabricantes? E aos instaladores? Sem dúvida, que as reabilitações de edifícios têm introduzido muitos desafios aos diferentes players de mercado, sendo o principal as dificuldades com a falta de espaço para os equipamentos. Onde antes existia uma unidade de tra-

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