BI324 - O Instalador

39 DOSSIER BOMBAS DE CALOR quente sanitária. Esta abordagem de “aquecimento gratuito” traduz-se numa poupança substancial de custos em comparação com as caldeiras tradicionais. • Sustentabilidade ambiental: - As bombas de calor contribuem para um futuro mais verde, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e minimizando as emissões de gases com efeito de estufa. Isto alinha-se com os objetivos de sustentabilidade dos promotores de grandes edifícios e dos utilizadores finais de edifícios comerciais. PRINCIPAIS DESAFIOS “A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito estufa, exigem grandes desafios aos fabricantes no desenvolvimento das bombas de calor, nomeadamente na utilização de refrigerantes com baixo impacto ambiental, no desenvolvimento de novas tecnologias e materiais”, refere Pedro Fernandes, que acrescenta que um dos principais desafios é de facto de termos soluções bomba de calor ar-água de elevada capacidade com a utilização de refrigerantes naturais. David Madeira, por seu lado, considera que existe uma lacuna no desenvolvimento e instalação de bombas de calor, nomeadamente no que concerne ao tamanho do equipamento em relação ao espaço limitado disponível em alguns edifícios, especialmente quando se trata de projetos de renovação. “Atualmente, uma grande parte do parque imobiliário apresenta limitações para a substituição dos antigos sistemas de climatização por energias renováveis, o que dificulta a realização dos trabalhos e torna o custo da nova instalação menos atrativo para o utilizador final”, explica o sales director da Eurofred Portugal, que acrescenta que, nestes casos, são propostas instalações coletivas para cobrir as necessidades de climatização e de água quente sanitária de todo o edifício, de modo a que a instalação seja efetuada em zonas comuns fora das habitações privadas. Esta opção permite também uma maior poupança para cada utilizador. A solução passa, explica, por os fabricantes desenvolverem novos equipamentos mais compactos, que ofereçam o máximo rendimento e eficiência, assim como uma ampla gama de adaptabilidade que lhes permita integrar-se facilmente em qualquer instalação. A isto Pedro Fernandes acrescenta o desafio de convencer os consumidores a adotarem tecnologias mais recentes, especialmente quando se trata de sistemas de aquecimento e arrefecimento. “A consciencialização e a educação do consumidor são fundamentais para superar essa barreira”, afirma. A SGT, por seu lado, lembra que as bombas de calor não são só equipamentos a água, mas, também, todos os equipamentos monosplits, multisplits e VRF. E acrescenta que a introdução dos monosplits / multisplits (equipamentos com bateria DX), no mercado com preços e custos de instalação mais baixos, permitiu que o ar condicionado tenha ficado acessível, mesmo a uma grande parte da população com menores possibilidades económicas. É verdade que uma maior consciência ecológica e o crescente abandono da utilização dos produtos petrolíferos têm levado à crescente utilização, no mercado doméstico, para a climatização/AQS de caldeiras e esquentadores, que têm como fonte de energia o gás natural/propano. No entanto, como aponta a SGT, a nova legislação europeia, que tem por objetivo a rápida substituição, nos lares, dos equipamentos a gás natural/propano (caldeiras e esquentadores) por equipamentos de ar condicionado/AQS que usam a eletricidade, restringe o uso de certos fluidos frigorígenos, com o argumento de que podem ser prejudiciais ao ambiente. “Esta legislação é errónea, pois os fluidos frigorígenos não são consumíveis, como a gasolina nos automóveis. Assim, limitam as bombas de calor a sistemas que usam apenas água, sendo mais caros e não estando ao alcance de todos, sendo este o maior desafio”, explica a SGT. A Thermosite tem uma visão ligeiramente diferente. Para Pedro Soares a tecnologia já é bastante madura. “Há

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